Em sua estreia para a Today, Aline Swalf escreve sobre Agilidade Emocional. Para ela, um mito muito comum vem atrapalhando a percepção sobre o tema
Antes de apresentar dicas e recomendações sobre como desenvolver a Agilidade Emocional, é importante desconstruir um mito que podemos escutar e com isso, interpretar de forma equivocada o que realmente significa esse termo.
Agilidade emocional não é sinônimo de tomar uma decisão de forma rápida diante de uma emoção ou sentimento e tampouco olhar para eles com mais velocidade.
O conceito, na verdade, foi criado a partir de um artigo publicado na HBR (Harvard Business Review) em 2013, e em 2016 o livro “Agilidade Emocional” foi publicado pela Susan David, PHD e psicóloga premiada pela Harvard Medical School.
Sabe aquela emoção que de repente chega de forma avassaladora?
Uma raiva, uma tristeza, uma ansiedade… Temos a tendência de querer passar longe deles, mas o que Susan nos ensina, é que ser ágil emocionalmente é justamente fazer o contrário.
Ao vivenciarmos nossas emoções de forma presente e consciente, ganhamos dinamismo e flexibilidade para lidar com as mudanças que vivemos constantemente, afinal, sabemos que a única coisa que nunca vai deixar de acontecer em nossas vidas são as mudanças e alterações de rota.
Acredite, conseguimos aguentar os diferentes níveis de estresse que vivemos quando nos posicionamos de um jeito mais aberto e receptivo.
Quando os sentimentos e emoções aparecem, precisamos reconhecê-los, identificá-los e dar nome a cada sensação que está à tona. Essa competência faz com que possamos aprender a lidar com nossas emoções de forma mais consciente e produtiva.
Susan estudou as emoções e a autorrealização por mais de 20 anos, e foi assim que descobriu que por mais inteligentes ou criativas que as pessoas sejam, “é a maneira como lidam com seu mundo que determina o quanto serão felizes e bem-sucedidas em todas as áreas da vida”.
Esse é um processo que nos permite estar presentes e conscientes, lidando com nossa vida de maneira harmoniosa e compatível com nossas intenções e valores.
Mas respondendo a pergunta que motivou esse texto: Como desenvolver agilidade emocional? Susan compartilhou 4 passos chaves para isso:
Aparecer: Olhar de frente para os nossos sentimentos e se dar conta (tomar consciência) dos nossos pensamentos é uma das coisas mais difíceis de se fazer e quanto mais desconfortáveis, menos contato queremos! Achamos, inclusive, que podemos ignorá-los.
Seja curioso sobre seus pensamentos ou sentimentos, aceitando igualmente os difíceis e os positivos.
Desapegar: É preciso criar um distanciamento daquela conversa interior, que fica “martelando” na nossa cabeça, para compreendermos que são somente pensamentos, emoções e sentimentos. Não é você!
Se desapegue, busque olhar como espectadora do seu monólogo interior, pensamentos e sentimentos, para que você possa perceber que são apenas emoções e que elas não te resumem.
Andar o seu porquê: Se conecte aos seus valores essenciais, afinal, é uma parte fundamental de quem você é e mais ainda, são esses que vão direcionar suas ações e apoiar suas escolhas. Eles ajudam a manter sua identidade. São sua força motriz!
Seguir em frente: Após esses passos, é seguir fazendo pequenos ajustes deliberados e propositais em sua mentalidade, motivação e hábitos para alinhá-los com seus valores essenciais. Ao fazer esses ajustes e buscar mudanças que se desenvolvem e melhoram seu ser, você irá perceber uma diferença significativa em sua vida. Sabemos que a vida tem seus altos e baixos e cada vez mais é importante nos conectarmos ao que sentimos, afinal vamos continuar a sentir raiva, tristeza e vários outros sentimentos. Agora, como vamos seguir nossos caminhos é uma escolha nossa.
Muito interessante a maneira que você traz para entender a Agilidade Emocional. Trata-se da resposta imediata a tudo aquilo que nos retarda no descarte do que nos atrasa!