Incertezas políticas, econômicas e tecnológicas, somada à falta de confiança nas lideranças, deixam funcionários mais inseguros sobre suas carreiras
A edição de 2025 do Edelman Trust Barometer revelou uma crescente insegurança no trabalho e uma queda na confiança dos trabalhadores em seus empregadores.
O estudo, realizado em 28 mercados globais, aponta que fatores como globalização, pressões econômicas e avanços tecnológicos têm aumentado a preocupação dos funcionários em relação ao futuro profissional.
A pesquisa mostra que 62% dos entrevistados temem que conflitos comerciais internacionais afetem seus empregos, enquanto 59% enxergam a concorrência estrangeira como uma ameaça e 54% se preocupam com a terceirização.
No aspecto econômico, 63% demonstram medo de uma recessão iminente, um aumento de três pontos percentuais em relação ao ano anterior.
A tecnologia também estão no centro das preocupações. 58% dos colaboradores consideram a automação um risco para seus postos de trabalho, e o mesmo percentual teme que a falta de treinamento possa prejudicar sua empregabilidade no futuro.
Confiança nos empregadores cai globalmente
A pesquisa ainda revelou uma queda na confiança nos empregadores.
Em média, o índice global passou de 78% para 75% em um ano. No Brasil, a confiança nos empregadores ficou em 77%, uma queda de 5 pontos percentuais em relação à 2024.
A Coreia do Sul tem o menor nível de confiança entre os mercados analisados, com apenas 48% das pessoas afirmando que confiam em seus chefes. Já a Indonésia (93%) e a Índia (89%) aparecem no topo da lista.
O levantamento indica também que insatisfação com a empresa e falta de confiança nos CEOs andam juntos. Entre os insatisfeitos, apenas 30% afirmam confiar nos CEOs, enquanto entre os mais satisfeitos esse número sobe para 64%.
Empresas são cobradas por mais compromisso com os funcionários
Diante desse cenário, cresce a expectativa de que as empresas assumam um papel mais ativo no bem-estar dos colaboradores.
Oito em cada dez entrevistados acreditam que as organizações têm a obrigação de oferecer empregos bem remunerados e investir na requalificação profissional de seus trabalhadores como forma de gerar satisfação.
A pesquisa do Edelman reforça um alerta para 2025: sem transparência, segurança e investimentos no desenvolvimento profissional, a confiança seguirá em queda. E isso pode impactar diretamente o engajamento, produtividade e retenção de talentos, fatores essenciais para a competitividade no cenário atual.
Conflitos e mais conflitos, uma guerra ainda sem solução no quintal da Europa. No Brasil a guerra é interna, violência urbana e a disputa de terreno entre os que prosperam com a corrupção e os que prosperam trabalhando e pagando impostos. Juro e dívida, afetam o emprego formal, todos sabem.