BP pode “disciplinar” funcionários que não divulgarem romances

Após escândalo com CEO, gerentes precisam notificar empresa sobre relacionamentos com funcionários nos últimos três anos

A agência Reuters divulgou no início de junho que a BP, a gigante petrolífera avaliada em 100 bilhões de dólares, está endurecendo duas políticas de vínculo entre funcionários. A companhia teria enviado um email aos colaboradores exigindo que todos os “relacionamentos familiares e íntimos no trabalho” sejam divulgados. 

Anteriormente, era necessário divulgar essas relações apenas se houvesse potencial conflito de interesses. Agora, os principais 4.500 gerentes da BP têm três meses para relatar todas as conexões íntimas dos últimos três anos, sem exceções. A informação veio do The Guardian.

O código de conduta da empresa também foi atualizado para proibir funcionários de gerenciarem diretamente ou indiretamente parentes ou parceiros íntimos.

Apesar de não ficar totalmente claro se a demissão é uma consequência para quem não seguir a nova orientação, um representante da BP disse à revista Fortune que “como uma política que faz parte do código de conduta da BP, o não cumprimento pode resultar em ação disciplinar”. 

A medida acontece após a saída do CEO Bernard Looney, que foi acusado de manter relacionamentos com colegas em segredo. O The Financial Times também apontou que Looney teria promovido mulheres com quem tinha relações íntimas antes de se tornar CEO.

O executivo renunciou ao cargo em setembro e foi oficialmente demitido em dezembro, após o conselho da BP determinar que ele os teria “enganado conscientemente” e que suas ações constituíam “má conduta grave”.

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