“Medo” da licença: quase 3/4 dos britânicos já trabalharam doentes 

Segundo uma pesquisa realizada no Reino Unido, mais de 70% dos profissionais já deixou de tirar uma licença médica por medo das consequências na empresa

Você já teve medo de apresentar uma licença médica na sua empresa, e por isso acabou trabalhando mesmo doente? Segundo uma pesquisa feita com trabalhadores do Reino Unido, isso é mais comum do que parece.

O estudo, realizado pela MHR, uma companhia especializada em RH, folhas de pagamento e finanças, mostra que 71% dos funcionários já trabalharam mesmo estando doentes por medo das consequências negativas de tirar uma licença médica. O principal receio, relatado por 74% dos entrevistados, é que isso prejudicasse sua progressão na carreira.

Esses dados revelam uma cultura de presenteísmo nas empresas britânicas, que afeta tanto o bem-estar dos funcionários quanto a saúde dos negócios. O relatório da MHR ressalta que profissionais que trabalham doentes são menos produtivos e mais propensos a cometer erros, o que impacta negativamente nos resultados da empresa. 

Além disso, o presenteísmo pode agravar os problemas de saúde dos funcionários, levando a um maior absenteísmo no futuro.

As principais causas do fenômeno, segundo a pesquisa, são as condições musculoesqueléticas, a depressão e a má qualidade do sono, que afetam a capacidade dos funcionários de se concentrar e realizar suas tarefas. 

O trabalho também indica que apenas 20% dos funcionários tiraram alguma licença médica no último ano, e que os motivos por trás desse comportamento são preocupantes. Quase um quarto deles citou uma cultura desmotivadora na empresa, enquanto 46% atribuiu a questão à sobrecarga de trabalho.

Diante desse cenário, a pesquisa sugere que a tecnologia pode ser uma aliada para reduzir o presenteísmo e melhorar a qualidade de vida dos funcionários. A MHR recomenda que as empresas utilizem ferramentas digitais, especialmente na área de RH, para automatizar tarefas rotineiras e liberar tempo para questões mais complexas e humanas, como resolução de conflitos, engajamento e desenvolvimento de talentos. 

Segundo a organização, essas iniciativas podem contribuir significativamente para melhorar o bem-estar dos funcionários e criar uma cultura mais saudável na companhia.

Jeanette Wheeler, diretora de RH da MHR, mostra preocupação com a tendência de aumento do presenteísmo no mercado de trabalho. “É necessário que as equipes de RH promovam um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal e cultivem uma cultura positiva onde os funcionários se sintam valorizados e empoderados para priorizar sua própria saúde”, disse ela. 

Jeanette acredita que, seja por meio de uma comunicação mais efetiva ou de uma mudança de mentalidade organizacional, combater o presenteísmo é um passo crítico para construir um ambiente de trabalho mais sustentável e solidário.

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