Estudo da OMS apontou que as longas jornadas de trabalho também são responsáveis pelo aumento nos casos de derrame e desenvolvimento de doenças cardíaca.
Em 2016, mais de 745 mil pessoas morreram no mundo todo por excesso de trabalho. Os dados são de um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde e publicado na revista científica Environment International.
Segundo o levantamento, pessoas que trabalham 55 ou mais horas por semana enfrentam 35% maior chance de sofrer um derrame e 17% mais probabilidade de morrer de doença cardíaca.
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O mapeamento também mostrou que o número de mortes por doenças do coração e acidentes vasculares cerebrais devido a longas jornadas de trabalho aumentou 42% e 19%, respectivamente, nos últimos anos. Em 2016, cerca de 488 milhões de pessoas estavam expostas ao risco de trabalhar demais.
O perfil dos maiores afetados pelos danos decorrentes do excesso de trabalho são homens e trabalhadores de meia-idade ou mais velhos. Regionalmente, as pessoas no sudeste da Ásia e na região do Pacífico Ocidental tiveram a maior exposição ao risco. As pessoas na Europa tiveram a exposição mais baixa.
Nos EUA, menos de 5% da população está exposta a longas jornadas de trabalho, segundo mapa que a OMS divulgou com o estudo. Essa proporção é semelhante ao Brasil e ao Canadá – e muito menor do que o México e na maioria dos países da América Central e do Sul.
A OMS destaca que os dados são de um período pré-pandemia e que, com as medidas de isolamento social e a adoção do home office em larga escala, esse cenário possivelmente piorou.