As empresas que aceitaram testar a semana de 4 dias por 6 meses ainda registraram queda nos afastamentos e demissões
A ONG neozelandesa 4 Day Week Global divulgou um relatório com dados de 33 empresas que toparam adotar a semana de 4 dias, a título de teste, por 6 meses.
As companhias, que juntas empregam quase 1.000 funcionários e ficam espalhadas por países como Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido, consideraram o experimento um “retumbante sucesso em virtualmente todas as dimensões”, segundo o estudo.
Sem falar nas vantagens para os funcionários, as empresas registraram um aumento de 40% em suas receitas no período do teste em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Segundo o relatório, as companhias estão extremamente satisfeitas com a performance de suas equipes no período, e quase todas elas pretendem manter o modelo de trabalho de 4 dias por semana indefinidamente.
Os afastamentos por motivos de saúde também teriam diminuído, assim como o absenteísmo de maneira geral. “As companhias estão contratando, as demissões caíram mesmo em meio ao Great Resignation e o impacto no clima, embora menos mensurável, é notável. Os funcionários estão claramente entusiasmados”, afirma o estudo.
A semana de 4 dias já chamou atenção, inclusive, do Congresso dos Estados Unidos, onde o democrata californiano Mark Takano apresentou um projeto de lei que altera a semana de trabalho padrão no país, de 5 para 4 dias.
Para a congressista Pramil Jayapal, representante de Washington e apoiadora da iniciativa, “já passou da hora de colocar pessoas e comunidades acima das corporações e seus lucros – finalmente priorizando a saúde, o bem estar, e a dignidade humana básica da classe trabalhadora”.
Segundo ela, a nova lei seria “um bom começo para finalmente equilibrar esta balança”.