Demissões entre pessoas em cargo de chefia vem aumentando, mostram estudos
Ao que tudo indica, os líderes também estão ficando mais insatisfeitos no trabalho e podem passar a engrossar as estatísticas da Grande Renúncia. Segundo dados da Visier, plataforma de análises para empresas, o número de profissionais do nível gerencial que mudou de emprego subiu de 3,8% no primeiro semestre de 2021 para 5% no mesmo período deste ano, conforme reportou o site Vox.
Já uma pesquisa do LinkedIn também descobriu que a taxa de demissão entre diretores é muito maior do que a de assistentes ou analistas. De acordo com a plataforma de recrutamento ZipRecruiter, o número de posições gerenciais têm crescido em uma taxa maior que as de outros níveis, chegando a corresponder a 12% de todas as vagas.
Além de estarem mais pressionados, já que precisam liderar trabalhadores em um contexto de mudanças sem precedentes, os executivos também são influenciados pelos fatores que fazem profissionais de todos os setores pedirem demissão: propostas de salários mais atraentes, dúvidas sobre o propósito de carreira e a busca por mais equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.
“Estes são trabalhadores com altas remunerações, que presumivelmente investiram muito em sua educação, treinamento ou construindo suas carreiras em uma companhia”, disse Joseph Fuller, professor de práticas de gerenciamento na Havard Business School. “Eles são gerentes e estão saindo mesmo tendo circunstâncias bem favoráveis – isso deveria preocupar as empresas”.