Recrutamento: Lab Fantasma prioriza diversidade e derruba o turnover

Além de um turnover de 1%, após o novo recrutamento, Lab Fantasma passou a contar com cerca de 50% de funcionários autodeclarados pretos, pardos ou indígenas

A diversidade da equipe sempre foi uma prioridade dentro da Lab Fantasma, companhia do ramo musical, cultural e de moda, fundada pelos irmãos Emicida e Evandro Fióti.

Mesmo com todos os esforços voltados à questão, a empresa não vinha colhendo os resultados esperados. 

“Utilizamos inteligência artificial e até contratamos uma empresa especializada em hunting, mas no fim as pessoas acabavam se destacando por suas características técnicas ou por seus privilégios, sem a diversidade que gostaríamos de promover”, conta Aline Silva, analista de desenvolvimento humano e organizacional da Lab Fantasma.

Assim, em 2019, a companhia inaugurou o Lab Recruta, programa de recrutamento que visa eliminar os vieses discriminatórios do processo. As etapas são realizadas às cegas, ou seja, informações como fotos, endereço e faculdades cursadas são ocultadas durante as etapas práticas, de testes, de cases e de entrevistas via áudio do WhatsApp. Somente na última fase, de entrevista online, o rosto do candidato aparece. 

A empresa também reviu critérios de avaliação como aderência à cultura organizacional e habilidades técnicas. Segundo Aline, a ideia “não é preencher vagas, mas colocar as pessoas nas posições certas, onde terão mais oportunidades de prosperar”.

A companhia, durante as etapas, abre espaço para o profissional contar sua história, falar de seus desafios e experiências de vida, mostrando quem realmente é. “Esse método de recrutamento desconsidera dados que estão fora de contexto, garantindo assim a imparcialidade”, diz Aline.

Segundo a empresa, o processo de recrutamento serviu de referência para outras companhias culturais, selos e gravadoras.

Além disso, hoje, cerca de 50% da organização é composta por funcionários autodeclarados pretos, pardos ou indígenas. 25% deles se identificam como parte da comunidade LGBTQIAP+ e 50% são mulheres pretas e pardas, sendo que metade ocupa cargos de liderança e gestão.

“Com o aumento da diversidade no quadro de contratados e consequente aumento da permanência dos mesmos na empresa, nosso índice de turnover está em torno de 1%, o que diminui os custos para promover novas contratações”, finaliza Aline.

Mais detalhes sobre o programa da Lab Fantasma e outras iniciativas inscritas no Prêmio Think Work Flash Innovations podem ser encontrados na Biblioteca de Cases, área exclusiva para assinantes.
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