“Silent firing”: empresas podem estar forçando saídas para investir em IA

Especialistas acreditam que pressão pela volta ao trabalho presencial pode ser tática para que os colaboradores saiam voluntariamente

O avanço da inteligência artificial está criando uma nova dinâmica no mercado de trabalho, marcada pelo que especialistas estão chamando de silent firing (demissão silenciosa). 

O termo descreve estratégias que tornam o ambiente de trabalho tão desafiador e hostil que os funcionários optam por pedir a rescisão, abrindo espaço para a automação.

Nos últimos anos, práticas como o quiet quitting (desistência silenciosa), em que trabalhadores desempenhavam apenas o mínimo necessário, ganharam destaque. Agora, o silent firing surge como um movimento inverso, motivado pelo crescente investimento em IA. 

Apesar de 65% das empresas relatarem aumento de produtividade com o trabalho remoto e 95% registrarem maior retenção, segundo dados da Global Workplace Analytics, algumas gigantes da tecnologia, como Amazon e Tesla, continuam insistindo em um modelo de trabalho presencial de cinco dias por semana.

Isso tem sido interpretado por alguns estudiosos do mercado como uma estratégia para reduzir a mão de obra humana de forma deliberada. Essa seria uma forma de promover uma agenda oculta voltada para a automação.

À medida que a adoção da IA acelera, a substituição de empregos humanos pode ser apenas o começo de uma transformação ainda mais ampla. 

Especialistas alertam que o impacto dessas mudanças na sociedade será profundo, com consequências ainda imprevisíveis para milhões de trabalhadores.

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