Trabalhadores do mundo inteiro querem mais dias de home office

Pesquisa mostra que batalha entre trabalhadores e profissionais por home office ou trabalho presencial está se espalhando globalmente

A batalha entre empregadores e funcionários para definir o modelo de trabalho das empresas não só parece não ter fim, como, agora, tem ido além dos Estados Unidos. Um estudo do WFH Research, grupo que inclui pesquisadores, como, por exemplo, a Universidade de Stanford, apontou que, em todo o mundo, os planos dos empregadores para o home office ficam aquém do que os funcionários desejam.

Segundo a pesquisa, os profissionais querem trabalhar mais dias no conforto de suas casas. Em média, os trabalhadores de todo o mundo querem dois dias de trabalho remoto por semana, o que, hoje, significa um dia inteiro a mais do que eles têm. 

Nos países de língua inglesa, que têm os níveis mais altos de trabalho em casa, há um desejo de que esse regime seja ainda maior. O Canadá lidera o ranking de países onde os trabalhadores podem trabalhar de casa, com cerca de 1,7 dias em home office, enquanto os profissionais desejam 2,5 dias. Ele é seguido pelo Reino Unido (com 1,5 atuais contra 2,3 desejados pelos trabalhadores) e pelos Estados Unidos (com 1,4 dias atuais contra 2,6 desejados). 

O estudo aponta que essa tendência está se espalhando para lugares onde o trabalho remoto, ou híbrido, é menos comum. Funcionários japoneses e sul-coreanos, que são alguns dos que mais trabalham no escritório, querem mais de um quarto da semana para o trabalho remoto. 

Os latino-americanos, no geral, querem metade da semana para o trabalho remoto. No caso do Brasil, atualmente, os brasileiros têm 0,9 dias de home office, mas querem 2,4 dias. 

O assunto é complexo. Do lado das empresas, elas ainda defendem que o trabalho remoto pode prejudicar a produtividade. Há recentes estudos que comprovam este ponto, mas também existem pesquisas que apontam o contrário. 

Mas, do lado dos funcionários, há o desejo de economizar o tempo gasto entre a casa e o escritório. Em média, 72 minutos por dia são economizados se a pessoa não precisar se deslocar até o local de trabalho, o que soma duas semanas em um ano, de acordo com um artigo de Nicholas Bloom, que ajuda a administrar a WFH Research, para a Bloomberg. Também há pesquisas que apontam que os funcionários se sentem mais engajados no home office, além de sentirem uma melhora na saúde mental.

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