Pesquisa conduzida nos Estados Unidos e no Reino Unido revela que o trabalho flexível caiu nas graças das empresas pelo aumento na produtividade dos funcionários
A pandemia de covid-19 consolidou o modelo flexível como uma tendência em muitas empresas. O regime, caracterizado pela liberdade para que os funcionários decidam onde e quando preferem trabalhar, foi colocado em prática nos mais diversos escritórios ao redor do mundo, e até mesmo alguns dos gestores mais tradicionais acabaram aprovando a mudança.
Um estudo realizado pela Universidade de Birmingham juntamente com a Universidade de York revelou que três quartos dos líderes entrevistados acreditam que este formato impacta de forma positiva na produtividade dos funcionários. Outros 63% afirmaram que também sentiram os trabalhadores mais motivados no dia a dia.
O levantamento colheu informações com 970 gestores em todo o Reino Unido.
Os autores do trabalho verificaram ainda uma preferência por alguns tipos de trabalho flexível, principalmente o home office com flexibilidade de horário.
Angela Rayner, vice-líder trabalhista e secretária do futuro do trabalho do Reino Unido, afirmou ao periódico britânico The Guardian que “já é um consenso que a flexibilidade no trabalho é um conceito que veio para ficar”.
Trabalho híbrido
Números do levantamento apontam para um crescimento também na popularidade do trabalho híbrido, caracterizado pela mescla entre os regimes presencial e à distância. Segundo a pesquisa, 69% dos gestores disseram preferir que os funcionários apareçam no escritório no máximo quatro dias por semana.
Ainda mais impactante, cerca de 20% dos entrevistados afirmaram que esperam que os trabalhadores trabalhem um dia presencialmente, e o resto, a partir de casa.
“Os gestores de uma forma geral estão muito mais otimistas sobre o trabalho flexível do que antes da pandemia e acreditam que suas organizações são mais propensas a apoiar solicitações de trabalho flexível no futuro”, afirmou Holly Birkett, uma dos autoras da pesquisa.