Segundo pesquisa, o trabalho individual aumentou no home office — algo que pode afetar negativamente a criatividade e produtividade nas empresas
Antes da pandemia, os trabalhadores gastavam em média 43% do seu tempo colaborando, fosse presencialmente ou online. Esse percentual despencou para 27% depois que os profissionais passaram a trabalhar de casa o tempo todo. A maioria dos trabalhadores, porém, diz que seu trabalho depende da colaboração pessoal. É o que afirmam 66% líderes sêniores, 57% diretores e gerentes, 54% funcionários administrativos e 48% profissionais e técnicos, em pesquisa da Gensler, uma empresa de arquitetura que mapeia o comportamento do mercado de trabalho há 15 anos.
Normalmente, pessoas de alto desempenho em empresas de ponta tendem a fazer trabalho individual e trabalho colaborativo em medidas equilibradas – 45% para cada, de acordo com a pesquisa, com os 10% restantes compostos de tempo gasto em aprendizagem e tempo social. Mas, enquanto estavam em casa durante a pandemia, as pessoas relataram trabalhar em modo de foco individual 62% do tempo, uma disparidade que pode afetar negativamente a criatividade e a produtividade das empresas.
Os benefícios da colaboração podem ser medidos e definidos em seis áreas críticas: velocidade, qualidade do trabalho, inovação e novas ideias, engajamento dos funcionários, crescimento e lucratividade. Os estilos de trabalho colaborativos aumentam todos esses fatores, ao mesmo tempo em que impõem dificuldades para o modelo de trabalho híbrido, combinando horas presenciais e em home office.
Isso porque o foco e a colaboração são atividades formais e informais, programadas e não programadas, maiores ou menores num dia ou no outro. Nos modelos híbridos no qual os funcionários combinam o dia de ir à empresa, imaginados por muitas companhias, perde-se a espontaneidade dessas ações.