Jane Fraser, CEO do banco, é notória defensora do trabalho flexível e garante ter mecanismos para ajudar trabalhadores remotos improdutivos
O Citibank está indo na contramão de diversos concorrentes e empresas de outros mercados ao continuar incentivando seus funcionários a trabalharem de casa, se assim quiserem. A receita para manter a produtividade, segundo a CEO, Jane Fraser, é uma espécie de reabilitação para os profissionais que não se adaptam ao home office.
Em entrevista à Bloomberg em um evento no Fórum Econômico Mundial nesta semana, a CEO afirmou que o Citibank possui meio de averiguar quais funcionários estão produzindo conforme o esperado, e “em caso negativo, nós os trazemos de volta aos escritórios e damos todo o treinamento necessário para que eles voltem a produzir conforme o esperado trabalhando de onde quer que seja”.
Jane já é conhecida no mercado por seu posicionamento a favor do trabalho flexível. De forma geral, funcionários do Citibank atuam em modelo híbrido – cerca de 3 dias por semana no escritório, e o resto de onde quiserem.
Como já deixou claro em outras ocasiões, para ela, a fixação de alguns executivos pelo trabalho presencial pode custar muito caro às empresas e levar a altas taxas de turnover. “Temos que continuar conversando e ouvindo nossas equipes para encontrar um equilíbrio. Mas se não houver diálogo, a empresa com certeza corre sérios riscos”, afirmou.
No sentido oposto do Citibank, o CEO da Disney, Bob Iger, divulgou um memorando aos funcionários no início de 2023, que exigia a volta do trabalho presencial para todos da empresa, pelo menos 4 vezes na semana.
No documento, Bob disse que “a criatividade é o coração e a alma de quem somos e do que fazemos aqui na Disney” e que “em um negócio criativo, nada pode substituir a habilidade de se conectar, observar e criar com os pares, o que só é possível de se obter se estiverem fisicamente juntos”.