Profissionais LGBTQIA+ tendem a ganhar menos, revela pesquisa

Mesmo com avanços na inclusão sexual e de gênero, pessoas LGBTQIA+ ainda sofrem com o preconceito

Ainda falta para a verdadeira diversidade e inclusão no mercado de trabalho. Uma década depois de se formarem na universidade, trabalhadores americanos LGBTQIA+ ganham 22% a menos que os seus colegas heterossexuais ou cisgêneros. Os dados são de um novo estudo publicado na revista científica Social Science Research Network que apontou, ainda, que um ano após a graduação os ganhos dos profissionais da comunidade LGBTQIA+ eram 12% menores.

Ou seja, o gap salarial quase dobra em uma década. Outro estudo, dessa vez do grupo de defesa LGBTQIA+ HRC Foundation, descobriu que os trabalhadores LGBTQIA+ ganhavam cerca de 90 centavos para cada dólar ganho por um trabalhador americano heterossexual. A desigualdade é ainda maior para as pessoas LGBTQIA+ que também são pessoas negras, transgêneras e não-binárias. 

Além de serem mais propensos a não terminarem a escola ou faculdade por conta do preconceito, profissionais LGBTQIA+ também escolhem carreiras com remunerações mais baixas por não se sentirem representados em áreas como engenharia ou tecnologia, apontou o estudioso Marc Folch, autor do artigo, em entrevista à BBC. “Tanto para homens quanto mulheres, as escolhas de carreira – a escolha de graduação e sua ocupação – são responsáveis por metade dos gaps salariais”, disse.

Um estudo mostrou, por exemplo, que cerca de 29% das pessoas que se identificam como lésbicas, gays, assexuais, transgêneros, indefinidades ou assexuais entre 13 e 23 anos escolhem evitar carreira em STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) por medo da discriminação. Já entre aqueles que escolhem se formar nessa área, 64% terminam a graduação, contra 71% dos heterossexuais.

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