Gap salarial: com a grande renúncia, aqueles que trocam de emprego com mais frequência estão ganhando mais
O great resignation, ou grande renúncia, que obrigou que empresas oferecessem salários polpudos para atrair novos funcionários, pode ter gerado um gap salarial no mundo corporativo. É que o contracheque dos novatos, que aumentou, em média, 8%, contrasta com as remunerações daqueles que não mudaram de emprego no último ano.
Agora, esses funcionários fiéis talvez estejam se sentindo injustiçados. Alguns especialistas defendem, portanto, que é hora das empresas corrigirem essas distorções oferecendo salários para reter esses funcionários. Mesmo que isso pareça contraditório num momento de crise e cortes de custo, eles defendem que a estratégia se mostrará eficaz a longo prazo, com menos profissionais experientes pedindo demissão.
Afinal, o dinheiro que seria gasto para contratar, treinar e qualificar novos profissionais no lugar dos mais experientes dificilmente seriam maiores do que uma correção na remuneração de quem já está na empresa há mais tempo.
“Os empregados estão começando a se dar conta disso [do gap salarial]”, diz um artigo publicado no site Business Insider. “[muitos] estão saindo das empresas para novos empregos, com melhores salários, privando as empresas do conhecimento mais interno”.
De fato, o sentimento de injustiça é uma causa conhecida de insatisfação e turnover nas empresas. Conforme as pessoas deixam de ter medo de falar sobre salários, cada vez mais as organizações serão cobradas ou penalizadas por terem cifras destoantes.