Preconceito relacionado à estatura influencia nas oportunidades de profissionais e em como eles serão avaliados, dizem estudos
Você já ouviu falar em “altismo”, ou seja, o preconceito relacionado à estatura? Pesquisas mostram que a estatura afeta a carreira tanto de homens quanto de mulheres.
Maiores alturas se correlacionam a rendas mais altas: recrutadores favorecem candidatos mais altos e a altura influencia as oportunidades de promoção.
Outras pesquisas apontam que enxergamos homens e mulheres mais altos como ‘líderes‘, considerando-os mais dominantes, inteligentes e saudáveis. Malcolm Gladwell, em seu livro Blink, de 2008, cita que, embora apenas 14,5% da população dos EUA tenha mais de 1,80 metros, entre os CEOs da Fortune 500, esse número é de 58%.
Segundo o Dr. Omer Kimhi, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Haifa, que pesquisa sobre o tema, o “altismo” tem raízes em vieses evolucionários, devido à importância da altura e da força no reino animal.
“Se você é maior, então você é o líder do grupo. Algo disso se mantém enraizado, e nós percebemos a altura como algo conectado à autoridade, à força e a posições mais acima”, disse ele em entrevista à BBC.
Além do preconceito relacionado à estatura, outras formas de discriminação no trabalho, como preterir funcionários por conta do peso ou favorecer aqueles que se encaixam no padrão de beleza, são ainda pouco discutidas – mas podem ter repercussões significativas na diversidade.