Segundo pesquisa da MIT Sloan Management Review, mesmo estando no C-level, mulheres têm mais chances de passarem por experiências de uma cultura organizacional tóxica
De acordo com a pesquisa Women in the Workplace, feita pela MIT Sloan Management Review, as mulheres são 41% mais propensas a vivenciar uma cultura corporativa tóxica do que os homens. Entre 2016 e 2021, esse número era de 35%, o que mostra que a pandemia pode ter aumentado essa diferença entre os gêneros no mercado de trabalho.
Os dados também mostram que essa diferença não diminui com o aumento da senioridade na hierarquia das empresas. No C-level, mulheres têm 53% mais chances de passarem por situações tóxicas no ambiente de trabalho.
Para chegar a esses resultados, a MIT Sloan Management Review analisou a linguagem utilizada em 3 milhões de avaliações feitas por profissionais no Glassdoor para descrever seus funcionários.
O estudo mostra que as mulheres foram mais negativas do que os homens para falar sobre a maior parte dos elementos da cultura organizacional, como o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e a colaboração. O campeão, no entanto, é a cultura tóxica, que é definida como uma cultura desrespeitosa, não-inclusiva, antiética, abusiva ou agressiva.
Os dez principais fatores que levam a diferença entre as experiências negativas de homens e mulheres no mercado de trabalho são:
- Falta de equidade de gênero
- Liderança desrespeitosa
- Falta de equidade para pessoas com deficiência
- Liderança não promove Diversidade e Inclusão
- Liderança não é justa
- Falta de equidade racial
- Falta de diversidade no geral
- Liderança mina funcionários
- Liderança tem favoritos
- Liderança abusiva
Uma cultura organizacional tóxica impõe altos custos para os indivíduos e também para as organizações. Em um outro estudo, a MIT Sloan Management Review descobriu que a cultura tóxica teve 10 vezes mais influência nos seis primeiros meses do great resignation do que os salários. Ainda que não se demitam, pessoas que trabalham em ambientes tóxicos são mais propensas a não ter engajamento e ainda falar mal de seu empregador para outras pessoas.
“Nós descobrimos que líderes que conseguiram diminuir essas diferenças de toxicidade entre gêneros começaram por focar na experiência do funcionário, identificando e exterminando comportamentos tóxicos em todos os níveis da organização, por meio de um esforço de desintoxicação cultural”, declarou em um comunicado à imprensa, Donald Sull, um dos autores da pesquisa.
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