75% das empresas dizem que parte ou todos os recém-formados contratados não atenderam às expectativas
Uma pesquisa recente revelou que empresas nos Estados Unidos estão demitindo jovens profissionais da geração Z poucos meses após a contratação. Falta de motivação, postura inadequada e dificuldades de adaptação ao ambiente corporativo estão entre as principais queixas dos empregadores.
O levantamento, realizado pela plataforma Intelligent.com com quase 1.000 líderes, mostrou que seis em cada dez organizações já desligaram esses trabalhadores recentemente.
Cerca de 75% deles relatam que algumas ou todas as contratação este ano foram insatisfatórias. Por conta disso, um em cada sete empregadores pode evitar completamente esse perfil.
O que está dando errado?
Mergulhando nos desafios apresentados com os Gen Zs, os entrevistados afirmaram que eles não tinham iniciativa (50%), se comunicavam de forma precária (39%) e não apresentavam o nível de profissionalismo esperado (46%).
Como resultado, 53% acham que os graduados da Geração Z não estão prontos para o mercado de trabalho.
Diante desse cenário, algumas instituições de ensino já começaram a agir para preparar melhor seus alunos. Universidades como a Michigan State passaram a ensinar habilidades interpessoais, enquanto algumas escolas no Reino Unido estão testando jornadas mais longas para simular a rotina profissional.
Para os líderes que participaram da pesquisa, a chave para melhorar a empregabilidade dos jovens está na atitude: demonstrar proatividade, vontade de aprender e comprometimento com as entregas pode ser um diferencial ainda maior do que um diploma universitário.
O papel do RH como transformador
Esse embate entre empregadores e jovens profissionais reflete o atual conflito de gerações no ambiente de trabalho.
Com diferentes expectativas e níveis de experiência, essa dinâmica é um obstáculo que o mercado precisará superar nos próximos anos.
À medida que gerações com visões de mundo e hábitos distintos interagem no dia a dia, será fundamental criar estratégias para alinhar demandas, melhorar a integração e potencializar talentos.
Nesse cenário, o papel dos RHs se torna ainda mais estratégico. Também é deles a missão de equilibrar as necessidades da organização com o desenvolvimento dos novos colaboradores, criando equipes mais produtivas e bem preparadas.
Para isso, é preciso investir em escuta ativa, bem como programas de integração, mentorias e feedbacks que ajudem os jovens a entenderem a cultura organizacional e a desenvolverem habilidades-chave para o negócio.