Trabalhadores negros com empregos dignos atingem recorde histórico

Mas, segundo LISEP, melhora nos EUA está relacionada à saída de trabalhadores negros do mercado e não necessariamente apenas à obtenção de mais empregos

A porcentagem de trabalhadores negros com empregos dignos atingiu um recorde histórico nos Estados Unidos. Mas, segundo o Ludwig Institute for Shared Economic Prosperity (LISEP), a melhora em abril pode estar menos relacionada à obtenção de melhores empregos e mais à saída de trabalhadores do mercado de trabalho.

“Sempre que vemos números tendendo em uma direção positiva, somos encorajados a acreditar que as coisas melhoraram para as famílias de baixa e média renda, mas só porque os números parecem melhores não significa que as circunstâncias estão melhorando”, explicou Gene Ludwig, presidente do LISEP, em um comunicado à imprensa

No relatório do LISEP, a taxa geral de desemprego funcional aumentou de 22,9% para 23,1% em abril. Já em relação aos trabalhadores negros, a taxa atingiu o nível mais baixo de todos os tempos, caindo de 25,4% para 24,5%. Esta é a taxa mais baixa desde janeiro de 1995, primeiro mês na base de dados do LISEP.

Mas os dados sugerem que a melhoria está relacionada ao número de trabalhadores negros deixando a força de trabalho, e não a quem encontrou emprego em tempo integral. O indicador do LISEP mede a porcentagem da população total em idade ativa que procura emprego em tempo integral, mas não consegue encontrar.

Os dados apresentados pelo relatório, chamado de “A Taxa Real de Desemprego”, surgem em contraste com as informações apresentadas pela Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos, que relatou uma queda geral na taxa oficial de desemprego de 3,5% para 3,4%.

“Este é um exemplo perfeito de porque os formuladores de políticas não podem confiar apenas nas estatísticas do governo em questões que envolvem o bem-estar econômico do país. Apesar dos números oficiais mostrarem um desemprego recorde e um aumento dos salários, um mergulho mais profundo nesses dados revela que uma grande parte das famílias americanas está sendo espremida por todos os lados”, explicou Ludwig.

Essa é uma oportunidade para que lideranças e a gestão de pessoas consigam reconhecer essas lacunas e fazer esforços organizacionais para olhar intencionalmente para a população negra e fortalecer a sua inclusão no mercado de trabalho. Além de pensar em como manter a saúde mental e o acesso a benefícios dessa população que já está empregada.

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