Nos EUA, Starbucks deixa sindicalizados de fora de benefícios

Com cada vez mais funcionários sindicalizados, Starbucks gera polêmica em novo pacote de benefícios

A rede de cafeterias Starbucks tomou uma atitude polêmica nos Estados Unidos: anunciou uma série de novos benefícios, como subsídio para pagamento de empréstimos estudantis e um programa de poupança – mas apenas para funcionários não-sindicalizados, conforme reportou a Reuters.

Desde dezembro passado, a rede de cafeterias vem enfrentando um movimento de sindicalização e, atualmente, são mais de 200 lojas com representação de funcionários.

O argumento da Starbucks para deixar aqueles sindicalizados de fora no novo pacote é que, por uma exigência legal, as empresas dos Estados Unidos devem negociar salários e benefícios separadamente com esses trabalhadores.

Porém, não seria bem assim, apontam alguns críticos. Um deles foi o National Labor Relations Board, agência independente que representa os trabalhadores, que soltou uma nota afirmando que a medida é discriminatória e infringe leis trabalhistas. 

E essa não teria sido a única vez que a Starbucks teria, de alguma forma, deixado os funcionários sindicalizados em desvantagem. No último mês, o National Labor Relations Board também acusou a rede de segurar, de forma ilegal, aumentos salariais desses trabalhadores.

Além do risco jurídico, a exclusão dos sindicalizados também pode gerar uma crise de imagem ao passar a sensação de incoerência da empresa, que sempre pregou tratar os funcionários “como uma família”. 

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