Pesquisa mostra que, no Reino Unido, a short friday é uma forma de atrair jovens trabalhadores que estão preocupados com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional
Como uma tática para atrair e reter talentos, empresas no Reino Unido têm apostado na short friday. O benefício estabelece que o trabalho às sextas-feiras termine mais cedo e os profissionais já possam começar a desfrutar do fim de semana.
Uma pesquisa feita pela Adzuna mostrou que, em março, 1.400 vagas de trabalho ofereciam o benefício. Em 2018, esse número era de apenas 583 anúncios.
Segundo a empresa de dados sobre o mercado de trabalho, a aposta neste tipo de benefício surgiu como uma estratégia de atração de trabalhadores da geração Z, que, como mostram diversos estudos, têm priorizado o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
A mudança aconteceu durante a pandemia da covid-19, uma vez que a crise mostrou que é possível ter trabalhos mais flexíveis e que a saúde mental dos funcionários deve ser um ponto de atenção cada vez maior para as companhias.
O estudo também mostra que a short friday tem sido oferecida, primordialmente, para cargos juniores. Cerca de 75% das vagas que oferecem o benefício têm salários entre 20 mil e 40 mil libras anuais.
Em relação aos setores, o benefício é mais comum naqueles em que há mais competição para encontrar talentos, como engenharia, vendas e tecnologia da informação.
“O equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional se tornou foco desde a pandemia e os empregados estão demandando mais. Em resposta, nós temos visto surgir benefícios que oferecem flexibilidade ou horas reduzidas para atrair novos trabalhadores. A expectativa é que esse tipo de benefício permaneça forte já que os empregadores estão procurando novos métodos de atrair e reter os melhores talentos”, explicou o cofundador da Adzuna Andrew Hunter, ao The Guardian.
No último ano, o Reino Unido, assim como outras partes do mundo, tem enfrentado dificuldades para preencher as vagas disponíveis no mercado de trabalho. Há alguns fatores que ajudam a explicar esses obstáculos, como as pessoas com cerca de 55 anos que têm se aposentado mais cedo e os jovens que migraram do mercado de trabalho para o mundo acadêmico.
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