Segundo pesquisa, disposição de funcionários para ficar na mesma empresa por períodos prolongados caiu 5% desde 2020

Uma pesquisa feita pela Qualtrics investigou a motivação dos funcionários em relação a seus trabalhos e descobriu que houve um declínio da disposição para permanecer por períodos prolongados nas empresas em que trabalham.

A porcentagem de funcionários que planejam permanecer por três ou mais anos diminuiu 5% desde 2020. Segundo o estudo, 57% das pessoas que se candidatam a vagas acreditam que mudar de emprego pode aliviar os sintomas de burnout.

A pesquisa também mostrou que, inicialmente, a pandemia provocou um aumento na dedicação dos funcionários, com um aumento global de pessoas dispostas a superar as expectativas de trabalho saltando de 77% em 2019 para 89% em 2020. Mas essa motivação diminuiu desde então, voltando a níveis um pouco abaixo dos índices pré-pandemia. 

A dinâmica geral do trabalho também mudou. Em 2022, 71% dos trabalhadores se sentiam inspirados por sua organização para entregar seu melhor trabalho, abaixo dos 75% de 2019. 

Outro ponto que decaiu foi a confiança dos funcionários na capacidade de tomada de decisão da liderança sênior. A porcentagem de funcionários que expressam confiança na alta administração caiu de 73% em 2020 para 70% em 2022.

Por fim, a pesquisa também investigou as oportunidades de treinamento e desenvolvimento como forma de retenção dos funcionários. Enquanto 75% das pessoas relataram ter boas oportunidades em suas empresas, apenas 61% afirmaram ter uma compreensão clara das etapas de avanço na carreira. 

Segundo Sarah Marrs, diretora de execução de estratégia de experiência do funcionário na Qualtrics, esses dados solidificam a existência da “demissão silenciosa” e destacam os desafios que os funcionários enfrentam para melhorar sua relação com o trabalho. “À medida que os líderes se concentram na produtividade, entender o sentimento do profissional pode promover um ambiente de trabalho mais propício que promova a produtividade e o engajamento”, disse ela.

Foram analisadas respostas de 19 milhões de funcionários de vários setores, em várias partes do mundo.

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