Novas expectativas sobre o papel do trabalho e a marca empregadora

Para a Today, Danilca Galdini escreve sobre como as organizações podem construir uma marca empregadora para se manterem relevantes e competitivas

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Nos últimos anos, notamos um maior questionamento das pessoas sobre o papel do trabalho em suas vidas e a expectativa de serem protagonistas de sua carreira. Este movimento não é novo, mas foi intensificado nos últimos 3 anos e, entre erros e acertos, os trabalhadores estão cada vez mais se posicionando como co-autores na construção do mercado de trabalho e não mais como meros participantes na vida organizacional. Este comportamento tem inúmeras implicações, sendo uma delas a expectativa sobre as organizações enquanto marca empregadora

As pessoas desejam ter um trabalho significativo, satisfação pessoal, propósito e equilíbrio entre vida profissional e pessoal, dentre outros aspectos. Elas também esperam conquistar tudo isso dentro de uma organização com a qual compartilham os mesmos valores e que tenha uma cultura moderna e focada no desenvolvimento e preparação constante para o presente e futuro do trabalho. 

É difícil uma organização conseguir dar conta de todas as expectativas e grande parte das pessoas entende isso. Para elas o mais relevante não é achar o lugar perfeito, mas sim poder exercer o poder de escolha. As pessoas querem escolher onde e como trabalhar e estão cada dia mais exercitando este desejo, tanto que em 2022, mesmo diante de um cenário de instabilidade econômica, 6,8 milhões de trabalhadores no Brasil pediram demissão de forma voluntária.

Este novo comportamento e expectativa das pessoas torna ainda mais relevante para as empresas terem uma marca empregadora forte e consistente, porque é a ferramenta que garante uma comunicação clara e eficiente com o público que a organização deseja atrair e engajar. 

Trabalhar a marca empregadora é mais do que apenas uma campanha de comunicação ou marketing, mas tem relação com a capacidade da empresa se destacar como um local atraente e inspirador para se trabalhar, não à custa de modismos ou propostas desalinhadas com o que a companhia realmente é. 

Dados de um estudo conduzido pela Cia de Talentos com um público de 17 a 26 anos apontam alguns espaços de melhoria na construção da marca empregadora:

  • 46% concordam que a empresa em que atuam deixa claro quais são seus propósitos e valores;
  • 36% concordam que o propósito e valores da organização são perceptíveis nas tarefas, projetos e convivência do dia a dia;
  • 40% concordam que as pessoas percebem que as atividades que realizam na companhia têm significado e impactam positivamente a sociedade;
  • 42% concordam que a empresa em que atuam tem uma reputação positiva entre as pessoas que trabalham nela e prestígio no mercado de trabalho.

Para construir uma marca empregadora forte, as organizações precisam adotar uma abordagem estratégica. Em primeiro lugar, é fundamental compreender e definir claramente sua identidade, valores e cultura organizacional. Em segundo, mas não menos importante, promover um ambiente de trabalho positivo e comunicar efetivamente as características da marca empregadora. Investir nessa construção é uma medida essencial para as empresas que desejam se manter relevantes e competitivas no mercado de trabalho atual.

<strong>Danilca Galdini</strong>
Danilca Galdini

Head de Pesquisa na Cia de Talentos e jurada na primeira edição do Think Work Flash Innovations.

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