Os trainees, assim como os jovens, têm expectativas singulares ao optarem por uma empresa. Proporcionar esses fatores pode ser uma questão chave na atração de talentos das organizações
O programa de trainee no Brasil, que começou no fim dos anos 1960 e ganhou força entre 1980 e 1990, tinha o objetivo de tornar as empresas mais competitivas diante da crescente globalização. Buscava-se, por meio da contratação e desenvolvimento de talentos recém-graduados, revitalizar o ambiente de trabalho, acelerar a inovação e alimentar o pipeline de liderança.
Embora o mundo tenha passado por transformações profundas e os programas de trainee tenham sido revitalizados, o objetivo principal das organizações com esta prática se manteve: atração de pessoas com alto potencial, incentivar a aceleração de carreira e a formação de lideranças.
E o que as pessoas que participam dos programas de trainees esperam desta prática?
Os jovens em geral valorizam ações que apoiam seu desenvolvimento contínuo e ambientes que o permitam experimentar novas formas de fazer as coisas. E entre trainees, o desejo não é diferente.
No estudo Um novo olhar sobre o programa de trainee, realizado pela Cia de Talentos com trainees e ex-trainees mostrou que, dentre as principais expectativas com relação à prática, a mais citada foi “um bom programa de desenvolvimento e formação” (34%), o que superou ganhos como “assumir um cargo de liderança rapidamente” (16%). O peso do desenvolvimento é tamanho que superou também o item “pacote de remuneração diferenciado” (5%).
Quando questionadas sobre as iniciativas de desenvolvimento mais relevantes para sua formação, as pessoas que passaram por um programa de trainee destacaram o job rotation (79%). É interessante notar como os treinamentos comportamentais (59%) superam os técnicos (43%).
O desenvolvimento profissional é fundamental em um mercado de trabalho em constante evolução, onde as exigências e os paradigmas mudam rapidamente. Investir em crescimento profissional não é apenas enriquecer o conjunto de habilidades de uma pessoa, mas também assegurar que sua trajetória de carreira esteja alinhada com as tendências e demandas futuras.
À medida que as organizações enfrentam novos desafios e oportunidades, os profissionais que se comprometem com a educação contínua e o aprimoramento de competências mostram-se mais equipados para inovar, liderar e contribuir efetivamente para o sucesso e a sustentabilidade de seus ambientes de trabalho.
Assim, o desenvolvimento profissional torna-se um investimento estratégico para o indivíduo e para a empresa, promovendo uma força de trabalho adaptável, engajada e preparada para qualquer desafio que possa surgir.