Após três tentativas frustradas de religar o Telescópio Hubble, os engenheiros terão de contar com uma máquina de backup que não é usada há 12 anos
No dia 13 de junho, o Hubble, telescópio espacial mais poderoso do mundo, que entrou em órbita em 1990, ficou fora do ar – e ainda está. O computador de carga útil (uma espécie de cérebro do telescópio, construído em 1980) parou de funcionar.
Após três tentativas frustradas de religar a máquina, os engenheiros da NASA cogitam migrar o sistema para outro equipamento de carga útil do sistema, instalado como backup.
O problema é que essa outra máquina foi montada em 2009 — e, desde então, nunca foi utilizada. Além da incerteza de que a solução irá funcionar, o processo pode paralisar as atividades científicas do telescópio por dias.
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O Hubble não recebe nenhuma atualização desde 2009, quando um astronauta realizou uma manutenção. E já é a segunda vez apenas nesse ano que ele enfrenta problemas.
Considerado por muitos como o telescópio mais poderoso do mundo, o Hubble foi o responsável por registrar o nascimento e a morte de estrelas, descobriu novas luas ao redor de Plutão e rastreou dois objetos interestelares enquanto eles zuniam pelo nosso sistema solar, entre outras descobertas.
Não que seja fácil cuidar de um telescópio espacial. Mas a história deixa uma lição: de tempos em tempos, é bom rever as práticas e os processos de contingência – para evitar surpresas no caminho.