Mais da metade dos varejistas não usa inteligência artificial

Falta de conhecimento sobre IA, estrutura e custos são as principais razões, segundo pesquisa

Um estudo da Central do Varejo, em parceria com Ibevar, MBA/USP/Esalq e Labfin Provar, revelou que 53% do varejo brasileiro ainda não utiliza Inteligência Artificial em seus processos. A pesquisa, realizada entre abril e junho de 2023, entrevistou 307 varejistas de diversos portes. 

Para as empresas que não adotaram a IA, cerca de 52% alegaram que o principal obstáculo é a falta de conhecimento sobre a ferramenta. Também foram citados fatores como a carência de infraestrutura (26%), dúvidas em relação ao retorno sobre o investimento (25%), o custo (15%) e a falta de confiança nas plataformas (10%).

Do outro lado, quem usa IA já percebe resultados positivos

Embora, a maior parte dos entrevistados ainda não se sinta seguro em utilizar a IA nos seus negócios, na outra ponta temos aqueles que aderiram a ela e já estão vendo essa decisão impactar nos seus processos e resultados.

Segundo o relatório, cerca de 56% deles aplicam a IA no atendimento ao cliente, principalmente no uso de chatbots. A produção de conteúdo de marketing aparece em segundo lugar, mencionada por metade dos varejistas, e a personalização da experiência do cliente, que inclui recomendação e otimização de busca, foi citada por 36%. 

Investimento, retorno e perspectivas para o futuro

A maioria das empresas destina até R$ 10 mil para estratégias baseadas em IA. E esse investimento parece estar dando frutos, já que quase 80% afirmam ter tido aumentos na rentabilidade. Para um terço deles, o crescimento variou entre 5% e 20%. 

Outras vantagens incluem eficiência operacional (80%), redução de custos (42%) e a melhoria na satisfação do cliente (39%). 

Todos esses índices resultam no fato de 89% dos adeptos se considerarem satisfeitos com a escolha de incorporar a Inteligência Artificial na rotina. 

E ainda que mais da metade admita usar a ferramenta diariamente, 78% pretendem intensificar sua utilização no futuro, principalmente no atendimento ao cliente, na gestão de estoque, automatização de relatórios, personalização da experiência do cliente e logística.

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