Com a Geração Z levando a saúde mental cada vez mais para o centro das discussões corporativas, líderes e profissionais de RH devem estar preparados para solicitações de licença

Ao contrário de gerações anteriores, que raramente discutiam o tema abertamente, a geração Z está rompendo barreiras e colocando o bem-estar emocional como prioridade. 

Uma pesquisa da Deloitte realizada em 2024 revelou que 56% desses jovens trabalhadores se sentem confortáveis para falar com seus gestores sobre estresse, ansiedade e outros desafios relacionados à saúde mental.

E eles não hesitam em pedir ajuda quando necessário, mesmo se precisarem de alguns dias de folga para cuidar do emocional. 

Essa mudança de postura desafia as empresas e suas lideranças a criar ambientes mais acolhedores, implementar políticas de apoio à saúde e se preparar para responder de forma correta quando essas situações acontecerem.

Entre as boas práticas que vêm sendo discutidas nesse sentido estão: 

• Ter uma resposta positiva: ao saber que alguém precisa se afastar do trabalho, sua resposta inicial deve ser positiva. “Sem problemas. Espero que você se sinta melhor em breve” e “Estamos aqui para apoiar você. Diga-nos como podemos ajudar” são alguns exemplos de respostas simples que podem funcionar.
  
• Praticar a empatia: além de evitar questionamentos invasivos, é importante oferecer apoio e recursos, como terapias, orientação psicológica e acesso a programas de bem-estar. Organizações que adotam essas práticas não apenas retêm talentos, mas também garantem que eles voltem ao trabalho mais focados e produtivos.
  
• Manter a discrição: nenhum outro colaborador além dos gestores diretos e do RH deve ter acesso a informações detalhadas sobre as razões da ausência. Tratar questões de saúde mental com o mesmo cuidado e respeito que se tratam doenças físicas é fundamental.
  
• Acompanhar a situação: se o profissional está tirando uma licença prolongada, em vez de um ou dois dias, peça para ser informado sobre seu progresso. Conversar com você ou com o RH a cada uma ou duas semanas vai ajudar a planejar o retorno ao trabalho ou oferecer apoio mais personalizado, caso seja preciso.

É importante preparar políticas e respostas com antecedência para evitar mal-entendidos e garantir que a postura da liderança esteja alinhada com os processos internos e a cultura organizacional. 

Treinamentos que incentivam que as respostas sejam praticadas e que a linguagem corporal e o tom de voz sejam observados podem fazer diferença na forma como as pessoas serão tratadas na prática.

Também vale lembrar que quanto mais suporte for oferecido ao longo desse processo, maior será a probabilidade de contar com funcionários felizes, saudáveis e comprometidos com o sucesso da empresa.