Segundo especialistas, o alto índice de desemprego no país foi uma das causas para o crescimento no número de transtornos mentais
Os sintomas de ansiedade e depressão aumentaram consideravelmente nos Estados Unidos entre abril e junho do ano passado, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Mais de 40% das pessoas entrevistadas pelos Centros para Controle e Prevenção de Doenças no final de junho relataram pelo menos uma condição comportamental adversa em função da pandemia, 31% disseram sentir ansiedade ou depressão, 13% iniciaram ou aumentaram o uso de substâncias, e 11% consideraram seriamente o suicídio.
Outra pesquisa, da Kaiser Family Foundation, mostrou que em julho de 2020 53% dos adultos entrevistados apontavam um impacto negativo em sua saúde mental devido à covid-19 e 12% assumiam aumentos no consumo de álcool ou de substâncias para lidar com o estresse e as preocupações.
Muitos procedimentos médicos eletivos foram adiados ou cancelados no começo da pandemia. As internações por transtornos de saúde mental e uso de substâncias também diminuíram nos Estados Unidos – mas apenas até abril de 2020. A partir de junho, elas começaram a aumentar, superando as apuradas no terceiro trimestre de 2019.
De acordo com relatório da consultoria Milliman, uma das causas do aumento da pressão sobre a saúde mental é o crescimento surpreendente do número de desempregados.
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Mais de 20 milhões de americanos perderam seus empregos em abril de 2020, elevando a taxa de desemprego para 15%, a maior taxa nos Estados Unidos desde a Grande Depressão.