Legalização de psicoativos em prol da saúde mental

Profissionais defendem a legalização de psicoativos como alternativa de tratamento para transtornos como ansiedade

O estado norte-americano Illinois está estudando um projeto de lei para legalizar o cultivo de plantas e fungos naturais com propriedades psicoativas. Isso incluiria, por exemplo, a descriminalização da psilocibina, composto presente em cogumelos alucinógenos.

O projeto é fruto do trabalho de ativistas e profissionais da saúde mental, que pedem uma nova abordagem para o uso das drogas psicodélicas. Eles apontam, por exemplo, o benefício da substância para o tratamento de pacientes com transtornos mentais.

Um dos principais nomes por trás do projeto é La Shawn Ford, um representante do partido Democrata em Chicago. “Algumas pessoas que trabalham com saúde mental estão pedindo por uma nova abordagem”, disse Ford ao Chicago Tribune. “Não precisamos ter mais uma vez uma situação em que pessoas são criminalizadas como elas eram com a maconha”.

As primeiras pesquisas sobre drogas psicodélicas e psicoterapia remontam à década de 40, porém, o abuso e a estigmatização das drogas psicoativas levaram à sua criminalização nas décadas de 1960 e 1970. 

Já no caso da psilocibina, seu uso tem sido pesquisado como tratamento para ansiedade e depressão. Um pequeno estudo de 2016, por exemplo, feito com 12 pessoas, mostrou que mesmo apenas duas doses aparentaram reduzir sintomas de ansiedade e depressão por vários meses, reportou o site Newsweek.

No entanto, o estudo não teve um grupo controle, com quem os resultados pudessem ser comparados. O problema é que essas pesquisas tendem a ser feitas por empresas menores, que não têm tantos fundos. Já empresas maiores, mais avessas aos riscos de se investigar substâncias consideradas ilegais, acabam não investindo nesse tipo de pesquisa.

Além dos potenciais benefícios, a legalização de psicoativos pode abrir oportunidades de carreira e negócios, a exemplo do que ocorre com a legalização da maconha em alguns países, incluindo os EUA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.