74% dos gerentes admitem ver redes sociais de candidatos

Segundo pesquisa, 68% veem redes sociais de candidatos para obter informações que não podem ser perguntadas durante entrevista

Uma pesquisa do ResumeBuilder.com perguntou para 1.013 funcionários que têm poder de contratação com que frequência eles usam as redes sociais para avaliar candidatos. O resultado é que 74% dos entrevistados disseram ver as páginas dos candidatos durante o processo de recrutamento.

Segundo a pesquisa, 31% dizem que “sempre” olham para as mídias sociais dos candidatos, enquanto 44% dizem que “às vezes” o fazem e 13% dizem que “raramente”. Apenas 12% dos entrevistados dizem que nunca veem as mídias sociais dos candidatos como parte do processo de avaliação.

O estudo também perguntou a eles se essa prática é considerada aceitável na empresa em que trabalham. Para 41%, ela é definitivamente aceitável, enquanto 36% acham que ela é. Já 6% não acreditam que seja permitido e 2% sabem que não o é. Outros 14% não têm certeza.

Em relação ao que os gestores esperam encontrar nas redes sociais, 55% disseram que o fazem para garantir que o candidato tenha um bom fit cultural. 45% procuram por atividades ilegais, 34% o fazem apenas para satisfazer sua curiosidade e 29% para entender se a pessoa está investindo em sua carreira. 

Entre as pessoas que veem os perfis sociais dos candidatos, 68% disseram que, às vezes, a intenção é descobrir informações que não podem ser solicitadas em entrevistas. Por exemplo: a idade (37%), as opiniões políticas (26%), identidade de gênero (19%), estado civil (19%), raça/etnia (17%), se é uma pessoa ou não com deficiência (17%), a orientação sexual (11%), a religião (11%) e o estado de gravidez (9%). 

Essas são informações que não podem ser perguntadas em uma entrevista nos Estados Unidos e cujas boas práticas de recursos humanos também não recomendam que sejam abordadas durante o recrutamento em qualquer outro país. 

Com base nas informações que obtêm sobre os candidatos nas mídias sociais, 13% dizem que frequentemente rejeitam os candidatos, enquanto 35% dizem que, às vezes, o fazem e 37% dizem que raramente o fazem. Apenas 16% dizem que as informações obtidas nas redes sociais nunca os levam a rejeitar ou aprovar os candidatos.

As informações mais comuns obtidas pelos gerentes e que os levaram a rejeitar um candidato são sinais de comportamento não profissional (58%) e atividade ilegal (47%). Mas eles também admitem descartar candidatos devido à idade (19%), posição política (14%), raça/etnia (13%), orientação sexual (11%), identidade de gênero (11%), estado civil ( 10%), se é uma pessoa ou não com deficiência (10%), estado de gravidez (8%) e religião (7%).

“Os candidatos a emprego precisam estar cientes de que tudo o que publicam pode ser encontrado por um empregador em potencial, que pode basear as decisões de contratação nessas informações ou até mesmo por um empregador atual. Uma salvaguarda, é claro, é tornar suas contas privadas. Mas, caso alguém sinta que foi discriminado no processo de contratação, pode ser apropriado consultar um advogado”, explica Stacie Haller, consultora-chefe de carreira da ResumeBuilder.com, em cum comunicado à imprensa. 

O Facebook é a mídia social mais visualizada, com 83% escolhendo esta resposta. Além disso, vários gerentes analisam o Instagram (50%), o Twitter (31%) e o TikTok (24%) dos candidatos. A pesquisa não perguntou sobre o uso do LinkedIn, uma vez que ele é uma rede social profissional.

“Mesmo que os gerentes já saibam ou aprendam que é ilegal fazer certas perguntas, isso não significa que eles não recorrerão à busca de informações em outro lugar. Optar por não contratar um candidato com base em respostas encontradas para perguntas que eles não podem perguntar é extremamente antiético e é motivo para ação legal”, explica Stacie. 

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