Mesmo com discriminação, candidatos preferem entrevista presencial

Pesquisa mostra que a grande maioria das pessoas que procuram emprego gostam da entrevista presencial, mas muitos sentem a necessidade de mudar suas aparências

Uma pesquisa realizada pela American Staffing Association descobriu que a grande maioria dos norte-americanos preferem que suas entrevistas de emprego sejam feitas presencialmente. No entanto, muitas pessoas, principalmente negros e hispânicos, sentem a necessidade de mudar suas aparências antes das entrevistas devido à discriminação.

No total, 70% dos entrevistados pela pesquisa gostam de entrevistas presenciais, 17% preferem que seja por videoconferência e 9% preferem apenas ligações de áudio. Foram entrevistados 2.019 adultos acima de 18 anos. 

Um dos principais achados do estudo é que pessoas de grupos minorizados, como hispânicos e negros, sentem muito mais a necessidade de mudar suas aparências antes das entrevistas do que os brancos. Entre os hispânicos, esse número foi de 74%, contra 73% dos negros e 65% dos brancos. 

Entre as pessoas negras, 33% sentem que precisam retirar seus pelos faciais antes de uma entrevista. Essa também é a preocupação de 25% dos hispânicos e 22% das pessoas brancas.

Outros estudos já haviam mostrado que pessoas negras que usam seus cabelos naturais são, com frequência, encaradas como menos profissionais do que negros que alisam seus cabelos. A discriminação é ainda mais intensa em relação às mulheres negras. 

Para os hispânicos, a maior preocupação (19%) é cobrir as tatuagens. Entre as pessoas negras, esse índice é de 17% e entre os brancos de 10%. 

Retirar piercings também faz parte da preparação dessas pessoas para entrevistas: 18% dos hispânicos, 14% dos negros e 9% dos brancos têm essa preocupação. 

“Para recrutar os melhores talentos e criar ambientes de trabalho com mais diversidade, os empregadores precisam mandar uma mensagem clara aos candidatos para dizer que eles estão contratando com base nas habilidades e não na aparência física ou em códigos de vestimenta de outras décadas”, escreveu na pesquisa o presidente da American Staffing Association, Richard Wahlquist.

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