Como será a liderança para a inovação no futuro?

A liderança mudou e os novos gestores precisam entender como lidar com a inovação que não chega somente com a tecnologia

Os líderes estão preparados para trabalhar em ambientes inovadores e aplicarem ideias que podem revolucionar gestões, mercados e futuros? Esta tem sido uma questão levantada nos grandes debates mundiais, a exemplo da SXSW 2023, o maior festival do mundo sobre inovação. 

A liderança que incentiva a inovação é aquela com uma visão clara e criativa do futuro e habilidade suficiente para inspirar e motivar suas equipes neste caminho. Eles serão capazes de adaptar-se rapidamente às mudanças no ambiente de negócios terão agilidade o suficiente para tomar boas decisões em tempo hábil. O que se vê, neste sentido, é que será necessário unir uma boa dose de tecnologia e análise de dados com soft skills.

Aqueles mais compatíveis com um ambiente inovador serão os que estimulam suas equipes a pensar de forma criativa e a experimentar novas ideias. Eles valorizarão a diversidade de pensamento e a colaboração, trabalhando com pessoas de diferentes formações, necessidades e culturas para criar soluções únicas.

Considerando que uma mentalidade de crescimento exige disposição para aprender sempre, a Think Work conversou com a professora e integrante do centro de pesquisa de Gestão da UNICAMP, Angela Lucas, sobre como será a liderança para inovação no futuro.

Promover a diversidade é também promover a inovação

Para a professora Angela Lucas, diversidade e inovação são pontos que estão intimamente ligados. “Para se ter um ambiente inovador é preciso ter diversidade com as características primárias (como negros, brancos, mulheres, homens e pessoas trans, por exemplo), além de, também características diversas em repertório, formação acadêmica etc”, indica.

Quando a empresa mantém uma equipe diversificada, os membros se complementam e trazem diferentes pontos de vista, habilidades e experiências que enriquecem o cotidiano e ajudam a identificar oportunidades de melhoria para a empresa, seus serviços e produtos. A experiência traz ganhos, mas as mudanças não são imediatas. 

Segundo Angela, esse ponto também representa um desafio, uma vez que “pessoas que pensam diferentemente demandam um tempo para chegar num consenso”. Para isso, a professora, que é também jurada da próxima edição do Think Work Flash Innovations recomenda: “é preciso entender que a inovação não é um processo imediato, é um processo contínuo”. Ela ainda ressalta que para uma empresa que abraça a diversidade ter mais chances de inovar, é preciso também entender que as pessoas vão errar. Mas como?

Inovação num espaço seguro para errar

Permitir o erro dentro de um ambiente profissional pode ser uma forma de incentivar a criatividade e a inovação. “Claro que não se fala de erros cometidos com má intenção”, destaca Angela. “O espaço para errar dentro de uma empresa vem da possibilidade de colocar ideias em ação com o objetivo de fazer algo muito interessante”.

Quando os funcionários se sentem confortáveis para arriscar e experimentar coisas novas, sem medo de perderem o emprego ou terem impacto em seus salários, eles ficam mais propensos a descobrir novas soluções e melhorar processos. 

Além disso, permitir o erro também ajuda a construir um ambiente de trabalho mais inclusivo. Os funcionários se sentem confortáveis para compartilhar ideias e opinar sobre o crescimento da empresa. 

Foi pensando nisso que a Klabin, empresa do ramo de papel e celulose, criou um simulador online para tomada de decisões. O objetivo era promover um espaço seguro para testes com todos os tipos de erros imagináveis. 

A iniciativa conta com etapas individuais e em grupo. Os participantes recebem um material prévio com informações importantes sobre o setor em que a Klabin está inserida antes de simular decisões e verificar cenários. 

São simulados três ciclos de crescimento e, ao final de cada ciclo, os participantes têm acesso a um feedback e são comparados com concorrentes de mercado, representados por duas inteligências artificiais. 

Assim, em dois anos, a empresa conseguiu formar 276 líderes, que além de aprenderem com os próprios erros também passaram a entender melhor como lidar com esses equívocos, tanto próprios como alheios. 

Com esta iniciativa, a Klabin foi finalista do primeiro Prêmio Think Work Flash Innovations, que agora está em sua segunda edição. 

Para entender mais sobre o Think Work Flash Innovations 2023, inscreva-se no nosso evento de lançamento, dia 21 de março, às 17h, clicando aqui.

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