Trabalho flexível é mais comum em empresas criadas após 2000

Segundo pesquisa feita pela Scoop, 82% das empresas mais jovens oferecem home office ou outra modalidade de trabalho flexível; entre as mais antigas, índice é de 53%

Uma pesquisa feita pela plataforma de trabalho remoto Scoop mostrou que empresas mais jovens têm maior tendência a oferecer vagas de trabalho que tenham alguma flexibilidade, como o home office ou o modelo híbrido, quando em comparadas às companhias mais antigas. 

Segundo o estudo, feito com 4 mil empresas, 82% das organizações fundadas depois do ano 2000 oferecem alguma modalidade de trabalho remoto. Nas companhias com mais tempo de mercado, ou seja, criadas antes de 2000, esse índice é de 53%.

Os dados coletados também apontam que, embora o trabalho remoto ou híbrido seja tradicionalmente mais associado ao setor de tecnologia, as empresas que não são dessa área têm acompanhado a tendência. Entre as organizações não-tecnológicas criadas após 2010, 73% oferecem alguma flexibilidade no modelo de trabalho.

Para o CEO da Scoop, Ron Sadow, uma das explicações possíveis é que, nos últimos anos, as empresas com menos tempo de mercado cresceram de forma mais internacional do que as organizações mais antigas. Ter profissionais trabalhando em diversos lugares ao redor do mundo, em horários diferentes, requer que a companhia tenha políticas de trabalho mais flexíveis. 

Em entrevista à Fortune, ele ressalta que a flexibilidade é construída como parte da cultura organizacional. Outro ponto mencionado por Ron é que empresas fundadas por pessoas de gerações mais novas também tendem a ter diferentes valores e expectativas em relação ao mercado, o que conta a favor do trabalho flexível. 

A pesquisa também revela que o aumento no número de empresas que oferecem o trabalho remoto como benefício começou antes mesmo da pandemia, embora, é claro, tenha sido bastante impulsionado por ela. 

Ainda que os dados sejam relativos a empresas com sede nos Estados Unidos, a tendência por regimes mais flexíveis é mundial. A expectativa de Ron e de sua equipe é que o número de companhias em que se pode trabalhar remotamente ou, pelo menos, de forma híbrida, aumente a cada ano. 

“Nós vamos ter perdedores e ganhadores com base na forma que os empregadores tratam a sua flexibilidade de trabalho. As companhias que oferecem essa flexibilidade provavelmente vão usar esse fator como diferencial para recrutar os melhores talentos e levá-los para longe de seus concorrentes”, disse. 

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