Segundo dia do Think Days reuniu cases da Unilever, Petrobras, Yara Brasil, BRF, Basf e iFood, além de dinâmicas e encerramento com música e inspiração
*Cobertura do evento: Simone Costa
O segundo dia do Think Days mostrou que inovar em gestão de pessoas pode ser tão desafiador quanto inspirador, e que o RH está mais criativo do que nunca!
Matthias Wegener, Chief Knowledge Officer da Think Work, falou sobre os fundamentos da inovação em gestão de pessoas, destacando que remuneração, carreira e liderança ainda são áreas que carecem de mais iniciativas inovadoras. Ele compartilhou dados do prêmio Think Work Innovations, revelando que cerca de 40% dos cases inscritos são, de fato, inovadores.
Matthias também reforçou o convite para que novas experiências sejam inscritas na edição atual do prêmio, cujas inscrições estão abertas.
Cases que enfrentam desafios complexos
Na sequência, foram apresentados três cases de vanguarda. Daniela Scavassa (Unilever), revelou como a inteligência artificial revolucionou a gestão da folha de pagamento da empresa, tornando os processos mais eficientes e precisos. “Precisamos parar de olhar para alguns processos e pensar que é melhor deixá-los de lado por serem muito complexos. O jeito é enfrentar esses desafios e achar um jeito de manejá-los.”, disse.
Denise Pereira (Petrobras), apresentou o projeto de licença para mães não gestantes, que garantiu 120 dias de licença-maternidade para mães que não passam por parto ou adoção, como é o caso de casais homoafetivos de mulheres. Denise destacou os desafios de implementação do projeto e apontou a importância de buscar soluções possíveis. “Às vezes, é necessário recuar da ideia perfeita para a ideia possível”, afirmou.
Marcela Lázaro (Yara Brasil), contou a trajetória da Yarin, inteligência artificial criada em 2021 para cuidar da saúde mental dos colaboradores. A ferramenta gerou um termômetro de bem-estar com 70 mil registros até 2024. No período, 350 pessoas foram atendidas em psicoterapia e outras 50 receberam acompanhamento psiquiátrico. “Foram 50 vidas salvas”, afirmou Marcela.
Colaboração, criatividade e música para encerrar o dia
Na parte da tarde, o clima de colaboração e criatividade tomou conta do evento com a atividade Batalha dos Cases. Os participantes foram divididos em grupos para pensar soluções para desafios reais. Após as apresentações, tiveram a chance de conhecer os cases que inspiraram o exercício, como o chatbot Theo, da BRF, criado para otimizar o recrutamento; o onboarding no metaverso da Basf; e o uso da inteligência artificial no plano de desenvolvimento individual do iFood. Os dois primeiros foram premiados em edições anteriores do Think Work Innovations e o case do iFood foi inédito.
O encerramento ficou por conta do pianista, arranjador e compositor André Mehmari. Considerado um dos maiores nomes da música criativa brasileira contemporânea, André emocionou o público com relatos da sua trajetória e reflexões sobre arte e liberdade criativa.
André defendeu a ideia de que a música não deve se prender a rótulos. “Ao longo da minha carreira tive muitas dificuldades. Em um disco meu, tive que colocar se era clássico ou jazz. Às vezes, coloco o label, porque tenho que pôr, e fico pensando: o que isso quer dizer? Para mim, uma música só se torna clássica por passar pelo pente do tempo. Uma música do Milton Nascimento pode ser considerada um clássico. Mas esse é um caminho frutífero, nobre e humanista que precisamos tanto.”
Com um repertório que atravessa gêneros e fronteiras, André reforçou, ao final do Think Days, a importância da sensibilidade, da escuta e da ousadia para transformar o presente e imaginar futuros mais criativos e humanos.