Adepta das “quartas-feiras sem reuniões”, empresa quer que funcionários façam só chamadas essenciais
Os funcionários da empresa canadense de e-commerce Shopify começaram 2023 com uma novidade em relação ao calendário de reuniões: o aviso de que algumas reuniões seriam automaticamente canceladas de suas agendas.
Na volta das férias, os funcionários foram avisados de que todas as reuniões recorrentes com três ou mais convidados seriam automaticamente deletadas ao final do dia e não poderiam ser reagendadas nas próximas duas semanas.
O recado dado pelo chief operating officer (COO) e vice-presidente de produtos da Shopify, Kaz Nejatian, no início do novo ciclo foi claro: ele espera que sejam realizadas apenas reuniões que são verdadeiramente essenciais.
“As pessoas se juntam à Shopify para construir. Para fazer coisas legais”, afirmou Kaz em e-mail enviado para os funcionários, acrescentando que as reuniões são um empecilho nessa jornada.
Após o período de detox forçada, Nejatian aconselhou os funcionários a pensarem bem antes de criar novas reuniões recorrentes.
A empresa já é adepta da “quarta-feira sem reuniões” – prática de gestão de pessoas que vem ganhando força no mundo corporativo – e só permite reuniões com mais de 50 pessoas uma vez por semana, às quintas-feiras, dentro de um intervalo pré-definido de seis horas.
As estratégias seguem na linha de outras medidas similares adotadas para combater a epidemia de reuniões online que invadiu a rotina das empresas no pós-pandemia.
A plataforma de software GitLab, por exemplo, adotou uma “limpeza anual de reuniões”, dia em que todas as reuniões recorrentes nas agendas são desativadas.
A Asana, plataforma de gestão de projetos online, fez um experimento similar, chamado “apocalipse das reuniões”, dia em que os funcionários foram convidados a apagar todas as suas reuniões e só criar de volta as realmente necessárias.