Panasonic vai adotar semana de trabalho de 4 dias no Japão

Panasonic também liberou o home office para aqueles funcionários cujos cônjuges tenham de se mudar a trabalho para outra cidade ou país

A Panasonic está implementando uma semana de trabalho de quatro dias para os funcionários no Japão, para incentivar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Os empregados que quiserem aderir à semana mais curta podem trabalhar em outros empregos, fazer trabalho voluntário ou descansar.

Além dessa medida, a Panasonic, com sede em Osaka, também anunciou que liberará o home office para aqueles profissionais cujos cônjuges tiverem que se mudar para outra cidade ou país.

“Nossa responsabilidade é encontrar um equilíbrio ideal entre o trabalho e o estilo de vida para as nossas pessoas, que são bastante plurais”, declarou o presidente-executivo Yuki Kusumi em uma conferência com investidores na semana passada, quando anunciou as práticas.

No Japão, onde existe até um termo para morte por excesso de trabalho (“Karoshi”), a preocupação com a saúde dos funcionários está virando política pública, com legisladores discutindo uma lei para conceder um dia a mais de descanso para todos os trabalhadores.

E existe um movimento, embora que pequeno, de empresas que por vontade própria estão estendo o final de semana dos trabalhadores. Segundo uma pesquisa realizada pelo Ministério do Trabalho japonês, em 2020, pouco mais de 8% das companhias no país ofereciam mais de dois dias de folgas semanais para os empregados.

A farmacêutica Shionogi & Co., que está desenvolvendo um tratamento oral para Covid-19, por exemplo, permitirá que seus funcionários tenham três dias de descanso semanal a partir de abril, de acordo com uma reportagem do jornal local Nikkei. A Yahoo Japan Corp. e a Sompo Himawari Life Insurance Inc. também permitem semanas de quatro dias para os funcionários que cuidam de crianças ou parentes idosos, informou a publicação.

Outras gigantes, como a Amazon e a Unilever, também testaram a semana de trabalho de quatro dias, com resultados satisfatórios no engajamento dos times. Países como a Espanha, também estão testando o mesmo.

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