Trabalho híbrido: segundo estudo feito no Reino Unido, maioria dos funcionários não tem certeza sobre o que é esperado deles no novo modelo
Conforme as empresas reabrem os escritórios sem uma política clara sobre o trabalho híbrido, muitos profissionais estão confusos sobre o que é esperado deles. Uma pesquisa realizada com 2 mil funcionários do Reino Unido mostra que quase dois terços dos entrevistados dizem não saber como, quando ou onde podem trabalhar.
Muitos reclamam, principalmente, de regras implícitas nas companhias, que esperam que os funcionários trabalhem mais dias presencialmente sem, de fato, comunicá-los sobre isso. Outra questão seriam acordos individuais que estariam sendo feitos com base em favoritismo junto à liderança ou por tempo de casa, gerando um sentimento de injustiça.
Para piorar a situação, muitas pessoas, acreditando nas promessas de flexibilidade e home office, se mudaram para cidades mais distantes ou organizaram seus dias sem muitas visitas ao escritório, conforme reportou também a BBC.
No longo prazo, isso traz problemas tanto para as pessoas quanto para o negócio. “Um plano de retorno ao escritório mal gerenciado pode prejudicar muito o bem-estar dos funcionários”, disse Dan Schawbel, fundador da agência de pesquisa Workplace Intelligence, à BBC. “Os empregados se sentem estressados e preocupados com o retorno ao escritório sabendo que há novas variantes de Covid se espalhando, ao terem que gastar de novo com o deslocamento até o trabalho com os preços dos combustíveis subindo, e com a incerteza de como será a vida no trabalho no dia a dia”.
O resultado, assim, pode ser menos engajamento e problemas na atração e retenção de talentos.
De fato, o modelo híbrido é novidade para todo mundo – não só para as empresas. Para que ele funcione e não desgaste o ambiente de trabalho, tanto os líderes quanto o RH precisam ter uma política clara e saber comunicá-la com transparência para todos.