Projetar escritórios para maximizar foco, criatividade e engajamento pode impactar positivamente a produtividade e resultados financeiros, diz arquiteto 

As discussões sobre o retorno ao trabalho presencial ainda estão longe de acabar, mas os especialistas apontam um aspecto que deve ser considerado: será que o design dos escritórios favorece o trabalho? 

De acordo com Danish Kurani, arquiteto e designer especializado na criação de espaços que promovem saúde e bem-estar, a resposta é não. 

Kurani afirma que o ambiente de trabalho típico nos Estados Unidos é frequentemente descrito como “distrativo, pouco inspirador e insalubre”. Para ele, esse é o verdadeiro motivo pelo qual muitos colaboradores resistem às iniciativas de CEOs para retomar o trabalho presencial.

O arquiteto afirma que grande parte dos escritórios é projetada com foco em estética e economia, em vez de priorizar as necessidades reais dos trabalhadores. Espaços barulhentos, iluminação inadequada, falta de ventilação e layouts pouco funcionais são elementos que prejudicam tanto a produtividade quanto a saúde dos colaboradores.

Um novo conceito para o escritório

Para atrair os profissionais de volta, Kurani defende a criação de espaços com objetivos específicos. Ele sugere iniciativas como:

• Espaços de trabalho profundo: áreas silenciosas e bem isoladas, que favorecem concentração total.
• Ambientes criativos: salas equipadas com ferramentas colaborativas, iluminação acolhedora e layouts que estimulam ideias inovadoras.
• Saúde e bem-estar: desde a introdução de plantas para melhorar o ar até o uso de iluminação que respeite o ritmo circadiano, os escritórios devem apoiar a saúde física e mental dos funcionários.

“No curto prazo, projetar escritórios para maximizar o foco, a criatividade e o engajamento geral das pessoas pode levar a funcionários mais saudáveis, felizes e produtivos. Com o tempo, isso transforma as empresas em ímãs para os melhores talentos”, descreve em um artigo para a Fast Company. 

Além de melhorar a experiência dos funcionários, o especialista defende que um redesign inteligente pode impactar diretamente os resultados financeiros, já que otimizam a produção, atraem talentos de alto nível e aumentam a retenção.

“Os custos de mão de obra e pessoal constituem até 90% das despesas de uma empresa. Se os líderes podem ajudar essas pessoas a ter um desempenho e se sentirem melhor, isso não vale uma grande melhoria para a empresa?”, conclui.