Levantamento com mais de 600 profissionais revela os estilos culturais mais presentes nas empresas brasileiras e aponta um desejo crescente por autonomia e propósito no trabalho
O que define a cultura organizacional? É o jeito como as decisões são tomadas, como as pessoas se relacionam ou o quanto se valoriza aspectos como o aprendizado e a performance?
Para entender melhor essa questão, a pesquisa Think Work Market | Cultura Organizacional nas Empresas Brasileiras, realizada pela Think Work em parceria com o iFood Benefícios, mapeou os atributos culturais mais presentes — e mais desejados — no ambiente corporativo nacional.
O levantamento contou com a participação de mais de 600 profissionais de diversos setores e cargos, que analisaram suas empresas a partir de uma lista com 40 características. Com as respostas, foi possível identificar quais valores mais marcam a experiência dos trabalhadores no dia a dia.
Os atributos mais citados foram aprendizado (62%), confiança (56%), acolhimento de ideias (55%), conhecimento (47%) e crescimento profissional (43%). Essas escolhas indicam que, apesar dos desafios, muitas organizações têm buscado se tornar mais abertas ao desenvolvimento contínuo e à escuta ativa.
8 estilos culturais
Com base nos dados, a Think Work organizou os principais atributos em oito estilos culturais predominantes. Cada estilo é composto por cinco características principais:
- Autonomia: autonomia, flexibilidade, autogestão, liberdade e protagonismo individual
- Desenvolvimento: aprendizado, conhecimento, crescimento profissional, apoio mútuo e desenvolvimento
- Estabilidade: estabilidade, planejamento, organização, segurança e previsibilidade
- Familiar: confiança, amizade, relacionamento, família e lealdade
- Inovação: acolhimento de ideias, criatividade, assumir riscos, inovação e experimentação
- Ordem: normas, hierarquia, regras, ordem e rigidez
- Propósito: busca de um ideal, propósito, atenção ao ESG, solidariedade e trabalho em prol de uma causa
- Resultados: metas, resultado, ganho financeiro, competição e meritocracia
Esses estilos não são exclusivos e podem coexistir dentro de uma mesma companhia, ainda que com pesos diferentes. Por isso, entender como eles se manifestam pode ajudar líderes e RHs a repensarem suas estratégias de cultura interna.
A cultura ideal
Quando perguntados sobre mudanças desejadas, 16% dos profissionais afirmaram que gostariam de eliminar pelo menos um atributo da cultura atual. As palavras mais mencionadas nesse sentido foram hierarquia (24 ocorrências), rigidez (19) e competição (10). Também apareceram com destaque os termos metas, individualismo e pressão.
Por outro lado, 27% disseram querer acrescentar ao menos um novo valor à cultura organizacional. Entre os termos mais citados estão flexibilidade (4 ocorrências), respeito (5), valores (4), solidariedade (3), responsabilidade (3) e companheirismo (2).
O contraste entre o que se quer eliminar e o que se deseja construir revela que os profissionais anseiam por ambientes mais humanizados, colaborativos e alinhados a um propósito, e estão cada vez menos dispostos a aceitar estruturas engessadas, autoritárias ou movidas exclusivamente por metas e métricas.
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