Entre as dez prioridades do RH para 2023, seis estão relacionadas ao capital humano e quatro às melhorias na área, mas nenhuma tem suporte financeiro
Uma pesquisa realizada pelo The Hackett Group entrevistou executivos de Gestão de pessoas para entender as suas prioridades para 2023 e descobriu que nenhuma das metas do top 10 são apoiadas ou bem suportadas financeiramente pelas empresas.
Segundo o estudo, as 10 prioridades do RH para este ano são:
- Desenvolver executivos que possam liderar de forma efetiva em um meio em constante mudança;
- Recrutar e reter talentos em posições estratégicas e que possuam as habilidades exigidas;
- Agir como um conselheiro estratégico para o negócio;
- Propiciar estratégias e iniciativas de crescimento para a empresa;
- Criar ou manter uma cultura organizacional de alta-performance;
- Resolver problemas de escassez de talentos e habilidades;
- Melhorar a gestão de talentos;
- Aumentar a agilidade do modelo de entrega do RH;
- Adaptar as estratégias de atração de talentos para mercados dinâmicos;
- Usar mais tecnologia para melhorar a eficiência do RH.
Entre as 10 prioridades, seis representam objetivos relacionados ao capital humano, o que indica que o RH se mantém focado no seu papel de promover o sucesso da empresa como um todo. Quatro prioridades estão relacionadas à melhoria de capacidade da própria área.
Desconexão das lideranças com os RHs
No entanto, a maior parte dos executivos entrevistados não considera que as empresas serão capazes de fornecer recursos e apoio à realização desses desafios em 2023.
“Esses são sinais preocupantes de uma real desconexão entre as prioridades, os investimentos e a confiança na habilidade para entregar essas metas. Se essa diferença persistir, as organizações de RH tendem a ficar para trás e quando a próxima crise acontecer, será ainda mais difícil continuar”, escreveu no estudo um dos coordenadores da pesquisa, Franco Girimonte.
Essa desconexão entre a gestão de pessoas e as organizações também apareceu em um estudo feito pela Accenture em janeiro deste ano. Uma das descobertas da pesquisa é a de que os líderes das áreas de recursos humanos não estão sendo empoderados pelas empresas para liderar e resolver as necessidades dos negócios.
Uma das hipóteses da pesquisa é a de que as organizações ainda encaram o RH apenas como uma área administrativa e, então, não dão a ele os recursos tecnológicos e o orçamento necessários para trabalhar e provocar mudanças.
Embora os executivos de RH esperem apenas um modesto orçamento para tecnologia este ano, uma das possíveis soluções apontadas pela pesquisa do The Hackett Group é que a área se apegue à tecnologia para aumentar a produtividade e a eficiência.
Uma saída, diz o estudo, pode ser espremer algum valor da tecnologia já disponível e encontrar formas de melhor usar suas funcionalidades e ferramentas.
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