Pesquisa feita no Reino Unido também apontou que a maior parte das vítimas de assédio no trabalho não denuncia o agressor por medo de não ser levada a sério ou de prejudicar sua carreira
Uma pesquisa feita pelo Trades Union Congress, no Reino Unido, mostrou que quase duas em cada três mulheres jovens já sofreram assédio sexual, bullying ou abuso verbal no trabalho.
No geral, 58% das mulheres já passaram por situações de assédio no trabalho e o número sobe para 62% quando é feito o recorte de mulheres entre 25 e 34 anos.
A pesquisa também mostrou que os casos acontecem com frequência: 57% das respondentes disseram que já passaram por três ou mais casos de bullying no trabalho e 43% já sofreram assédio sexual pelo menos três vezes.
A cada cinco casos como esses, dois são cometidos por pessoas de outras equipes que não a da funcionária, mas 71% acontecem dentro do ambiente de trabalho.
No ambiente online, os assédios também aparecem. Segundo a pesquisa, 12% acontecem pelo telefone ou por mensagem de texto e 8% de outras formas virtuais, como reuniões, e-mail ou por redes sociais.
No entanto, apesar dos números de assédio serem altos, a maior parte das vítimas não reporta os casos à liderança ou à gestão de pessoas da empresa. De acordo com o estudo, menos de um terço das mulheres que passaram por situações de assédio sexual contaram ao empregador o que aconteceu. Em relação ao bullying, apenas 44% reporaram. Já em relação ao abuso verbal, 50% denunciaram.
Entre as mulheres que não denunciaram, 39% não o fizeram por medo de não serem levadas a sério, 37% porque ficaram com receio de que isso poderia impactar negativamente as suas relações no trabalho e 25% ficaram com medo de que isso prejudicasse as suas carreiras.
Quer ficar por dentro das últimas notícias, pesquisas e tendências do mercado de trabalho?
Se inscreva na Think Fast, nossa newsletter semanal e gratuita, que traz uma curadoria dos temas que você precisa saber para navegar e se atualizar sobre o mundo profissional.
Clique aqui para saber mais!
