A nova abordagem dos MBAs elenca estratégias para adequar o uso da tecnologia de IA aos negócios
Do inglês, a sigla MBA significa Master of Business Administration (Mestre em Administração de Negócios, em português). Mesmo com o título, para que o líder ocupe, de fato, o lugar de Mestre, é preciso adequar-se às tendências do presente. Com este objetivo em mente, as escolas de negócios passaram a oferecer cursos e programas para construir uma cultura aliada à tecnologia da Inteligência Artificial (IA).
As plataformas de automação fazem parte do dia a dia de milhões de trabalhadores. Inclusive, de acordo com o levantamento feito pela IPSOS, líder global em pesquisas de mercado, o Brasil está bem acima da média global e é o quarto país no mundo que mais acredita que a IA vai mudar a forma de trabalho como conhecemos hoje. Entre os respondentes brasileiros, 73% concordam com a afirmativa, frente a uma média global de 57%.
IA no MBA
A partir da criação do ChatGPT em novembro de 2022, houve uma crescente introdução dos componentes da IA no mundo profissional. Isso criou uma questão complexa a ser solucionada pelas empresas: como aliar a realidade empresarial ao mundo dos dados? E a parte ética envolvida?
Como resposta, as escolas de negócios dos Estados Unidos estão, cada vez mais, adicionando matérias relacionadas à IA aos seus currículos.
Em Illinois, a Kellogg School of Management da Northwestern University oferece o MBAi, um programa focado em disciplinas complexas, como o machine learning, ciência de dados e estratégias computacionais para negócios. Do lado leste do país, a Stern School of Business da Universidade de Nova York lançou um programa chamado GenerativeAI, para o treinamento e desenvolvimento de estudantes, professores e administradores.
Outras instituições promovem conhecimentos relacionados às funções de engenheiros de software e às habilidades de codificação e análise de dados com cursos de programação, uma vez que a tecnologia faz parte cada vez mais do dia a dia do mercado de trabalho, presente desde o envio de e–mails ao complexo desenvolvimento de estratégias e produtos.
Segundo o reitor da McDonough School of Business da Georgetown University, Paul Almeida, “a IA já existe há muito tempo – o que é diferente agora é a sua aplicabilidade no contexto empresarial e organizacional”.
“Além de considerar como podemos funcionar melhor com a IA, também temos a responsabilidade de descobrir como ensinar melhores habilidades”, explica Paul, em uma tentativa de aprofundar a compreensão da relação interdependente (com diálogos e sem substituição envolvida) entre a realidade dos negócios, os trabalhadores e a própria tecnologia.
Já Dan Wang, professor da Columbia Business School, diz que o objetivo não é advogar em prol do uso de ferramentas de IA generativa no trabalho, mas de “ajudar os estudantes a conhecerem, experimentarem e entenderem os benefícios, e talvez, mais importante ainda, os desafios e limitações da tecnologia”.
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