Pesquisa do Pew Research Center mostrou que, embora considerem a licença remunerada muito importante, grande parte dos trabalhadores não usufrui do que têm direito
Uma pesquisa feita pelo Pew Research Center investigou como os norte-americanos encaram os seus trabalhos. Entre os vários aspectos pesquisados, o estudo descobriu que, embora a maior parte dos trabalhadores considere importante ter a possibilidade de afastamento remunerado, muitos deles não utilizam todo o período a que têm direito.
Entre os entrevistados, 89% disseram que é “extremamente” ou “muito” importante que seu trabalho forneça folga remunerada para férias, consultas médicas ou doenças menos graves.
No entanto, entre aqueles que possuem férias ou afastamento remunerados garantidos pelo empregador, 46% afirmaram que, geralmente, tiram menos tempo do que têm direito.
As principais razões para isso são:
- Acham que não precisam tirar mais folga (52%);
- Se preocupam em ficar para trás no trabalho (49%);
- Se sentem mal por ter colegas de trabalho assumindo trabalho adicional (43%);
- Acham que tirar mais folgas pode prejudicar suas chances de progressão na carreira (19%);
- Acham que podem correr o risco de perder o emprego (16%);
- A liderança desencoraja a tirar folga (12%).
Entre os seis principais motivos apontados pelos trabalhadores, ao menos cinco deles são reflexo de falhas na cultura organizacional e podem prejudicar de forma bastante grave a saúde mental dos profissionais.
A forma como a organização encara as licenças remuneradas, como férias ou o afastamento por doença, interfere na maneira que os trabalhadores optam ou não por retirá-las, ainda que sintam que realmente precisam se afastar do trabalho. Uma forma de corrigir esse tipo de problema é pela atuação das lideranças, que devem ser o primeiro exemplo dentro da organização, ou seja, devem tirar seus tempos de afastamento, mostrando ao restante da empresa que não há nenhum problema em fazê-lo.
O afastamento do trabalho, física ou psicologicamente, parece realmente ser um problema para os trabalhadores. Segundo a pesquisa, mais de metade dos entrevistados respondem a e-mails ou outras mensagens de trabalho fora do horário, pelo menos às vezes, com 28% dizendo que o fazem com muita frequência.
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