Maconha para os funcionários: a solução inusitada de uma startup
A startup americana Jointly está com uma estratégia curiosa de atração e retenção de talentos: oferecer reembolso de maconha comprada legalmente pelos funcionários. Por mês, até US$ 150 gastos com a erva serão custeados pela empresa para cada empregado.
Com 10 funcionários, o serviço da startup consiste em um aplicativo que auxilia as pessoas a escolher, em meio a variedades de cannabis, qual a melhor de acordo com a necessidade de cada um.
Fundada em 2018, a Jointly quer contratar mais 25 pessoas até o final do ano e, segundo os fundadores, o reembolso de maconha foi a melhor solução, já que ela concorre por talentos com gigantes como Amazon, Meta e Google. “Não conseguimos competir no preço porque essas empresaas têm mais dinheiro”, disse David Kooi, co-fundador da empresa.
Segundo ele relatou, a Jointly estudou antes disso uma série de planos de benefícios médicos, dentais e até de auxílio para a visão antes de ter a ideia do reembolso de maconha. A erva, defende, faz parte de um arsenal de ferramentas para gerenciar o estresse. “Eu espero que outras pessoas gostem da ideia e queiram nos imitar”, disse.
A ideia da startup é que o consumo de cannabis pode ser positivo para o bem-estar das pessoas, que, por consequência, serão melhores empregados. Assim, o benefício viria também para se contrapor à crença popular de que a maconha faz mais mal do que bem.
“Eu sei, por ter trabalhado em grandes corporações – mesmo com políticas contra cannabis – que alguns de seus melhores funcionários estão usando cannabis”, disse Koi, para quem o estigma da erva é “injusto”.