Em layoffs, últimos contratados são os primeiros a serem demitidos

Pesquisa feita pela BambooHR mostrou que empresas geralmente adotam a política do “último a entrar, primeiro a sair” para decidir os demitidos em layoffs 

Uma pesquisa feita com 1.500 trabalhadores norte-americanos pela BambooHR mostrou que os funcionários com menos tempo de casa costumam ser as primeiras vítimas dos layoffs. Para 65% dos profissionais de gestão de pessoas entrevistados, suas empresas, geralmente, usam a máxima do “último a entrar, primeiro a sair” para decidir sobre os talentos a serem dispensados em uma demissão em massa.

Entre as áreas mais propensas a serem cortadas, 31% dos entrevistados apontaram o marketing e 30% os cargos cujas funções são voltadas para os clientes.

Embora ser demitido seja algo ruim, a pesquisa também mostrou que, na visão do RH,, ser mandado embora não torna o profissional menos desejado pela companhia. Para 92% dos entrevistados, eles estão tão ou mais dispostos a contratar pessoas que foram demitidas. 

Já em relação aos colegas de trabalho, 78% dos profissionais não pensam em coisas negativas em relação a pessoas que foram demitidas. 

Um cenário de layoff, como o vivido nos últimos meses em vários países, como os Estados Unidos e o Brasil, é visto pela gestão de pessoas como uma oportunidade maior de contratar pessoas qualificadas. Para 52%, pode ser uma oportunidade de contratar ótimos talentos que foram dispensados de outras empresas. 

De acordo com a plataforma Layoffs.fyi, que monitora as demissões nos Estados Unidos, só em 2023, mais de 184 mil pessoas foram demitidas. 

Embora as demissões em massa possam ser uma oportunidade para as empresas recrutarem novos talentos disponíveis no mercado, todo esse cenário de incertezas gera prejuízos para o engajamento dos funcionários, um ponto que já era muito delicado para a gestão de pessoas.

Um outro estudo feito no início de 2023 mostrou que mais da metade dos profissionais entrevistados reduziram sua força de trabalho em 2022 ou planejam o fazer em 2023. Com tantas demissões acontecendo a todo o momento, manter os funcionários remanescentes felizes, motivados e seguros é um grande desafio para a gestão de pessoas. Assim, trabalhar a retenção deverá ser uma das prioridades do RH para os próximos meses.

“A transparência do RH é mais importante do que nunca. Os funcionários no mercado hoje querem clareza sobre qual é o seu valor para o empregador e com que tipo de empresa estão se comprometendo”, disse Anita Grantham, chefe de RH da BambooHR, em comunicado à imprensa.

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