Em um mercado repentinamente aquecido com a vacinação acelerada, empresas estão precisando inovar para atrair profissionais
Subsídios educacionais para filhos e cônjuges. Hospedagem gratuita para funcionários temporários. Conjunto de facas para aspirantes a chefs de cozinha. E até almoço grátis para quem comparecer a uma entrevista de emprego. Com uma taxa de desemprego de 5.8%, com as restrições de entrada de imigrantes por causa da pandemia, e com a abertura repentina do comércio, as empresas nos Estados Unidos estão oferecendo de tudo para atrair e manter os profissionais.
A JBS USA, maior frigorífica do país, começou a oferecer em março o pagamento de cursos universitários para seus 66.000 trabalhadores e de um filho por empregado. A mudança ocorreu após um aumento de mais de 30% no pagamento por hora no ano passado, disse Chris Gaddis, chefe de recursos humanos da JBS USA ao New York Times.
A Applebee’s está tentando contratar 10.000 pessoas neste verão e, em maio, anunciou que distribuiria vouchers para um lanche grátis para qualquer um que agendasse uma entrevista. Com a oferta, a rede de restaurantes conseguiu 40.000 candidatos.
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As duas são apenas alguns exemplos dessa nova tendência em benefícios em um mercado repentinamente aquecido. Quem sofre mais é o setor de serviços e as empresas que apresentam piores condições de trabalho. Os clientes já têm de esperar mais tempo para conseguir um motorista de aplicativo, por exemplo. Com a rápida recuperação econômica, estimada após a pandemia, os RHs terão de rever a estratégia para segurar o pessoal.
Segundo especialistas, na esteira da pandemia e na briga por talentos, os empregadores estão pensando de forma mais holística sobre seus funcionários e seus objetivos, incluindo a vida pessoal e familiar. Por isss novos benefícios estão principalmente ligados ao desenvolvimento das pessoas, tanto com cursos de curta quanto de longa duração.