Rafael Souto alerta: autopromoção e comunicação estratégica são mais do que diferenciais — são habilidades essenciais para se destacar nesse mercado competitivo
No mundo atual, saturado de informações e talentos, a máxima “a propaganda é a alma do negócio” nunca foi tão verdadeira. Acreditar que apenas ser um bom profissional ou ter uma empresa de qualidade é suficiente para alcançar o sucesso é uma ingenuidade perigosa.
A dura realidade é que, sem posicionamento estratégico e uma comunicação eficaz, o risco de ser ignorado é alto. Muitas vezes, aqueles com menos talento, mas com uma imagem forte e atraente, acabam conquistando mais espaço.
Isso não é um apelo à superficialidade ou falsidade. Claro que ser bom é fundamental, é a base de tudo. Mas, em um mercado competitivo, a percepção é tão importante quanto a realidade. Em outras palavras, o que quero dizer é que se ninguém souber o quão bom você é, estará fadado a permanecer na obscuridade.
Essa reflexão se aplica tanto a indivíduos quanto a empresas. Quantos profissionais talentosos, com currículos impecáveis, bem como habilidades excepcionais, permanecem estagnados em suas carreiras por não saberem se promover de forma eficaz? Quantas empresas inovadoras, com produtos e serviços de alta qualidade, lutam para se destacar em meio à concorrência sem investir em uma comunicação estratégica e em uma marca forte?
A pauta importa e os dados confirmam: estudo da Deloitte mostra que mais de 80% das empresas acreditam que a reputação e a imagem dos colaboradores são fundamentais para o sucesso. Já do ponto de vista da organização, pesquisa da Glassdoor revela que empresas com forte marca empregadora recebem, em média, 50% mais candidaturas para suas vagas.
O LinkedIn, por exemplo, é uma ferramenta poderosa para construir uma marca pessoal forte e se conectar com outros profissionais e empresas. No entanto, muitos subutilizam essa plataforma, limitando-se a um perfil genérico e a publicações esporádicas. Não basta ter um perfil na rede, é preciso construir uma presença ativa e relevante, compartilhar conteúdo de qualidade, interagir com outros profissionais, assim como participar de discussões pertinentes.
A mesma lógica se aplica à comunicação da empresa. De nada adianta ter um site institucional e perfis nas redes sociais sem uma estratégia de conteúdo que demonstre o valor da empresa, seus diferenciais competitivos e sua cultura organizacional. Ou seja, é necessário investir em marketing de conteúdo, relações públicas e outras ferramentas de comunicação para construir uma imagem forte e atraente no mercado.
Afinal, de que adianta um produto inovador se ninguém o conhece? De que serve ter uma equipe talentosa se ninguém sabe disso? Ou uma cultura organizacional exemplar se ninguém a percebe?
É hora de abandonar a falsa modéstia e o complexo de vira-lata. Isto é, reconheça que autopromoção e comunicação estratégica são indispensáveis para o sucesso no mundo moderno. Não basta você ser bom, é preciso mostrar que é. Em resumo, quem não entender essa lógica, corre o risco de ficar para trás.