Para a Today, Yara Leal escreve sobre os impactos do ChatGPT na extinção e criação de novas funções de trabalho
Se você andou pelas redes sociais ou sites de notícias nestes últimos meses, se deparou, com certeza, com algum título relacionado à inteligência artificial (IA), sobretudo com o famigerado ChatGPT. A plataforma, desenvolvida pela empresa norte-americana OpenAI, interage com o usuário de forma imediata e promove a elaboração de textos completos e coesos. O robô virtual conta com uma extensa base de dados e, assim como outras ferramentas de inteligência artificial, tenta copiar as capacidades humanas.
Com apenas um título e utilizando poucas palavras, essa ferramenta é capaz de tecer um texto sobre o tema, com parágrafos, pontuação e coerência. Para quem estuda e precisa ter acesso a respostas rápidas sobre a história de um livro, por exemplo, através de uma simples pergunta, essa ferramenta responde, sem que a pessoa leia, ou procure no Google. O mesmo critério pode ser usado para livros em qualquer língua, facilitando o processo de tradução.
O ChatGPT consegue resumir em tópicos diferentes assuntos, sendo que basta digitar o tema e o tempo que o usuário tem para estudar, em dias ou meses, e o sistema lista os principais tópicos a serem considerados.
Entre outras inúmeras ferramentas de IA, o ChatGPT também proporciona um serviço de atendimento ao cliente de modo mais refinado, em comparação à ferramenta Chatbot, usada para responder as mensagens enviadas por clientes em quase todos os canais digitais. O refinamento ajuda a criar respostas para as mensagens que o estabelecimento recebe, por exemplo, nas redes sociais, podendo criar textos agradecendo um elogio ou até uma resposta educada para uma avaliação negativa, enquanto o Chatbot responde apenas com mensagens pré-programadas.
Neste cenário podemos dizer que o uso da inteligência artificial é o “começo” de uma jornada longa – e sem volta, diga-se de passagem. Embora as ferramentas de IA apresentem benefícios incontestáveis para o dia a dia das pessoas e para o mercado de trabalho, fato é que os impactos negativos ainda não foram mensurados, mas estudos e pesquisas apontam há muitos anos que diversos tipos de trabalho irão desaparecer (cobradores de ônibus, caixas de supermercados, atendentes de banco, etc), como de fato muitas profissões já desapareceram (telefonistas, leiteiro, lanterninha de cinema, etc).
Contudo, embora seja verdade que algumas profissões desaparecem, também é inconteste que outras novas surgem todos os dias, nas mais diversas áreas de tecnologia, como na saúde, na captação e tratamento de dados, especialistas em comportamento, valorização do cuidado pessoal e saúde mental, dentre outros.
Assim, por mais que existam ferramentas de IA que modulem textos, artigos, contratos, documentos, como o ChatGPT, na humilde opinião desta colunista, elas não substituirão a criatividade, a proatividade, a originalidade, a multidisciplinaridade e a emoção humana, pois são essas características nos tornam únicos, fortes, imperfeitos e vulneráveis. Até porque, sem emoção, não há inovação!