Como a tecnologia de deepfake tem sido usada no mundo corporativo

A deepfake, tecnologia que utiliza inteligência artificial para recriar pessoas reais, está sendo utilizada por gigantes como Zappos, Amazon e PwC em vídeos publicitários e até treinamentos

A deep fake, tecnologia baseada em inteligência artificial que permite a criação de vídeos falsos e altamente realistas usando a imagem de uma pessoa real, está ganhando espaço no mundo corporativo.

A startup indiana Rephrase.ai fornece seus serviços de “reconstituição facial” para gigantes como Zappos, Amazon e PwC. Elas usam a deep fake para personalizar os processos de vendas, realizar vídeos de treinamentos e inserir personalidades em anúncios publicitários.

Atualmente, a Rephrase.ai conta com um cardápio de 25 modelos de IA disponíveis, sendo homens e mulheres de diferentes etnias. Eles são baseados em modelos de banco de imagens, ou seja, pessoas reais que licenciaram seus direitos de imagem para a criação de sósias digitais.

Fora isso, a startup também oferece serviços personalizados, permitindo que sejam recriados celebridades, executivos ou influenciadores sob demanda por meio da inteligência artificial.

A Rephrase.ai não está sozinha. Segundo dados da CB Insights, as startups do ramo atraíram 1,5 bilhão de dólares em investimentos desde 2016.

Mas a expansão da tecnologia deepfake levanta questionamentos, uma vez que as imagens podem facilmente ser usadas para fins ilegais. Atualmente, vídeos falsos criados por meio de deepfake são aplicados em situações que vão desde a veiculação de notícias falsas até inserção de mulheres em vídeos pornográficos.

Recentemente, um vídeo do ator Tom Cruise viralizou no TikTok, mas ele se tratava de um deepfake criado pelo artista Chris Ume para chamar a atenção do público para o uso ilegal da tecnologia.

Enquanto não existem políticas que regularizem o uso de deepfake, as próprias empresas criam mecanismos para diminuir o risco do uso indevido da tecnologia.

A Rephrase.ai, por exemplo, afirma que não comercializa seu software de forma generalizada para o público final e inclui marcas d’água em seus vídeos, deixando claro que se tratam de conteúdos manipulados digitalmente.

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