A produtividade no home office foi maior do que no escritório

Estudo avaliou o impacto da tecnologia no trabalho remoto durante a pandemia e concluiu que profissionais altamente qualificados produziram quase 35% mais em casa do que na empresa

A pandemia de covid-19 acelerou a adoção de tecnologias que permitem o trabalho remoto. Essas ferramentas, por sua vez, aumentaram a produtividade dos funcionários em home office. É o que dizem pesquisadores de três universidades, entre elas a de Wisconsin, após analisarem o avanço da tecnologia no home office e suas consequências.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram dados de profissionais altamente qualificados que atuavam remotamente 20% do tempo até 2019 (antes da pandemia), e projetando que eles dobrariam o período em home office até 2022.

O estudo, co-assinado por Jesse Gregory e publicado no National Bureau of Economic Research, indica que a maior adoção de tecnologia impulsionou a produtividade do trabalho remoto em 34%, em comparação com a obtida no escritório. A jornada também aumentou no longo prazo, principalmente depois que as pessoas conseguiram ajustar seus espaços em casa. O expediente dos profissionais altamente qualificados aumentou de 20% para 68% do total de horas trabalhadas no início da pandemia.

Outra descoberta da pesquisa é de que, uma vez que apenas funcionários altamente qualificados podem trabalhar em casa no modelo desenhado pelos pesquisadores, os ganhos do home office devem aumentar a desigualdade de renda entre trabalhadores de baixa e alta qualificação. Ao mesmo tempo, o incremento na renda dos profissionais altamente qualificados pode ser parcialmente anulado com despesas maiores com aluguéis e manutenção dos escritórios em casa – um custo que os de baixa qualificação não teriam.

Se a pandemia tivesse ocorrido em 1990, com a tecnologia da época, concluíram os pesquisadores, a adoção em massa do home office teria sido impossível – mesmo para os trabalhadores altamente qualificados.

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